Hoje é dia de festa por aqui porque o Perplexidade e Silêncio está completando oito anos de existência! São quase 600 posts e mais de 270 mil acessos no período e resolvi escrever algo comemorativo para celebrar a data. Separei os posts mais acessados de cada ano para vocês terem uma visibilidade da timeline do meu querido espaço de literatura.
A primeira coisa que chamou minha atenção nesta timeline foi a diversidade dos gêneros literários aí presentes. Desde meus posts autorais, que são basicamente fluxos de consciência ao estilo Clarice Lispector, passando por teorias de Escrita Criativa, romances clássicos, ficção-científica e literatura feminista. Fiquei satisfeita com isso pois reflete o DNA do Perplexidade e Silêncio, pois sempre viso mesclar conteúdos relacionados a literatura de forma abrangente e, espero eu, divertida para todos.
O blog começou como um espaço para eu publicar pequenas crônicas e, no início, era inteiramente dedicado a estes textos autorais. Com o tempo, o conteúdo evoluiu e hoje temos sessões fixas, que você pode consultar na barra principal lá em cima na página.
Assim, é natural que nos primeiros anos do Perplexidade e Silêncio os posts mais acessados sejam estes textos e deixo aqui uma breve descrição de cada um deles:
2012 - Pequenas Grandes Coisas: sobre como todos nós carregamos uma tragédia dentro do coração.
2013 - Uma mensagem para você: sobre coisas que eu quis dizer para uma pessoa muito especial.
2014 - Quando nada flui: sobre lidar com dias difíceis.
Depois destes anos iniciais, quando comecei a escrever resenhas e outros artigos, o cenário dos posts mais acessados mudou um pouco.
2015 - Os 7 Tipos de Heróis
Conforme comecei a estudar Escrita Criativa para escrever os meus livros, me deparei com uma série de teorias e técnicas. Algumas me ajudaram muito e, outras, só me confundiram ou atrapalharam. Por isso, com o tempo, separei aquelas que mais me ajudaram e que poderiam ser importantes ferramentas para outros escritores iniciantes e passei a escrever posts "explicativos".
No mais popular de todos, expliquei sobre heróis épicos, anti-heróis (cínico e trágico), heróis relutantes, herói de grupo, herói solitário e herói mentor. Para cada um deles, dou exemplos na literatura e no cinema, de forma que facilite a compreensão do que cada um destes termos significa.
Uma das sessões mais discutidas e polêmicas é a "O livro ou o filme?", onde trago comparações e análises entre os dois formatos da mesma obra. Nestes oito anos de blog, foram quase 60 posts deste tópico e o mais acessado de todos até hoje é o clássico "Reparação" de Ian McEwan.
Creio que grande parte desta popularidade vem do filme "Desejo e Reparação", lançado em 2007 com Keira Knightley e James McAvoy.
De forma geral, minha conclusão foi a seguinte: acho que o tom mais intimista do livro acabou se perdendo no filme. Não me comovi como quando li o livro, que me arrancou algumas lágrimas eventuais e um aperto no coração no final. O filme é um ótimo entretenimento, mas o livro nos faz refletir sobre quais são as nossas próprias necessidades de reparação.
Este post, agora tão popular, começou como um derivativo de um outro assunto, "O que são os gêneros literários?". Na época, muitas pessoas me procuraram para que eu explorasse mais a fundo alguns tópicos como, por exemplo, os sub-tipos de ficção-científica.
Citei vários exemplos de cyberpunk, na minha opinião mais presente na literatura que os demais, mas também sobre steampunk e, além disso, dos estilos menos conhecidos como dieselpunk e atompunk. O cinema também é muito rico neste repertório. Tudo isso gerou um post muito interessante e que talvez deixe você mais aberto para conhecer obras novas, fora da sua zona de conforto.
Conheci este livro através do Instagram da Emma Watson e, como ela é boa em recomendar livros empoderadores, coloquei-o na minha lista de leitura.
(Aliás, você pode conferir vários Clubes do Livro como o da Emma Watson neste post, eles são fonte infinita de inspiração).
Clarissa Pinkola Estés é psicanalista Jungiana. Jung é mais conhecido do grande público como o analista de sonhos e o criador do conceito de "inconsciente coletivo" mas, claro, ele propunha uma teoria mais complexa e profunda sobre o entendimento da psique humana. Estudando etnias e tribos, Clarissa juntou as teorias jungianas com seus próprios estudos antropológicos, lhe rendendo uma série de livros, incluindo "Mulheres que Correm com os Lobos". Por isso, antes de mais nada, o leitor não deve esperar um romance, pois este livro é mais um estudo do que uma narrativa.
"As Mulheres do Deserto" é considerado um romance histórico pois retrata acontecimentos verídicos do ano 70 d.C. (depois de Cristo) como o Cerco de Massada. Este cerco marcou o fim da guerra entre os romanos e os judeus, sendo que os primeiros ganharam, conquistando o território dos judeus e os expulsando para o deserto, onde tiveram que lutar pela sobrevivência. Os sicários, um grupo de judeus guerreiros que lutaram contra os romanos, foram notoriamente massacrados pela guerra e cometeram um suicídio coletivo que envolveu 900 pessoas, pois não queriam se entregar ao inimigo.
No livro, a estória é dividida em quatro partes, cada uma destinada a uma das mulheres do deserto: Yael, Aziza, Shirah e Revka.
E o futuro do blog? Nos últimos meses, tenho me dedicado mais à sessão GRL PWR, que é dedicada à literatura feminista. Tenho me envolvido bastante neste assunto e procurado me educar e me informar sobre. Também, em breve, irei lançar um curso online de Escrita Criativa, pois tenho a intenção de aumentar o escopo da minha vida de escritora independente. As resenhas se manterão, sobretudo em Fantasia e Ficção Científica, meus gêneros literários preferidos.
E, claro, espero que você continue lendo e acompanhando este meu refúgio, pois tudo o que faço aqui coloco carinho e intenção.
Para finalizar, agradeço do fundo do meu coração a todos que mantém este meu cantinho vivo e interessante.
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