Top 5 | Cinco livros com viagem no tempo, parte 2


Hoje resolvi compilar uma lista com livros sobre o meu assunto preferido: viagem no tempo. Assim, separei cinco recomendações de leitura para quem gosta de paradoxos temporais, universos paralelos e já teve um crush assumido por Doctor Who.

Para ler a primeira parte deste Top 5, clique aqui.

1. O Fim da Eternidade, de Isaac Asimov
Publicado em 1955, mistura ficção-científica, viagem no tempo e uma crítica à divisão de classes. Muitos anos depois, quando Asimov escreveu a série "Fundação", ele menciona o que acontece neste livro para explicar a dominação humana da Galáxia. GENIAL.
A premissa da estória é que, no futuro, é criada uma organização chamada Eternidade que existe fora do nosso tempo cronológico. Esta organização viaja pelo tempo e pela história da Humanidade fazendo ajustes aqui e ali, com o objetivo de impedir grandes catástrofes e tornar o ser humano mais feliz. Além disso, eles priorizam mudanças que vão dar maior longevidade à Humanidade que, com a ajuda da organização, chega a existir além do século 150.000.
O protagonista é Harlan, um Técnico que é fascinado pelo tempo Primitivo, que seria o equivalente da nossa época atual, mas se apaixona por uma mulher deste tempo em uma de suas viagens, o que é terminantemente proibido pela Eternidade. O enredo é cheio de plot twists incríveis e paradoxos de dar nó na cabeça, ou seja, super recomendo.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

2. Iluminadas, de Lauren Beukes
A história começa na época da Grande Depressão, no começo dos anos 30. Harper Curtis, além de viajante do tempo, também é serial killer. Ele encontra a chave para uma casa que é um portal para as viagens no tempo e, com isso, ele vai e volta no passado e no futuro, conhecendo suas vítimas quando elas eram crianças e avisando-as de que voltará para matá-las. Ele também deixa objetos com as suas vítimas e, quando retorna, os pega de volta, fechando um círculo.
Além disso, como Harper pode ir e voltar no tempo, ele comete os crimes perfeitos, pois ninguém nunca é capaz de encontrá-lo tampouco de descobrir pistas.
Mas, claro, aparece alguém que irá descobrir o segredo de Harper. Trata-se de Kirby Mazrachi. Harper tenta assassiná-la mas Kirby não morre de imediato e vai para o hospital. Ele se passa por um tio da garota para visitá-la e, ao chegar no quarto do hospital, sua mãe diz que Kirby morreu, o que era mentira. Assim, ele dá o "círculo" por encerrado e esquece a garota. Quando ele vai para o futuro, Kirby o vê e o reconhece e começa a caçá-lo.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

3. Revivente, de Ken Grimwood
No original, o nome deste livro é "Replay", o que faz mais sentido na estória. Jeff Winston, quando alcança o ano de 1988 com 43 anos, morre e renasce em sua época de universitário em Emory. Jeff não sabe se estes replays de sua vida começaram a acontecer de repente ou se ele só adquiriu consciência deles a partir daquele momento.
Em seu primeiro replay, Jeff resolve investir todas as suas economias em corridas de cavalo e campeonatos de futebol americano. Ele fica milionário, rapidamente, e começa a investir em todas as empresas que ele sabia que, no futuro, seriam promissoras, como IBM e Microsoft por exemplo. Ele também vai atrás de sua esposa, Linda, ainda jovem, mas ela o despreza. É aí que Jeff percebe que as suas várias vidas não serão exatamente iguais e que tanto ele quanto os fatores externos poderão intervir no curso das coisas. No ápice de sua frustração, ele interfere no assassinato de John F. Kennedy, só para "ver o que acontece."
Não importa a combinação que Jeff faça, ele sempre morre aos 43 anos de idade e é esse o grande mistério do enredo.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

4. Kindred, de Octavia E. Butler
Começando pelo título, a palavra kindred significa o parentesco universal que conecta todos os americanos, independente da etnia, e que vem sendo negado ao longo dos séculos por causa do racismo. 
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Dana. Ao completar 26 anos de idade (em 9 de junho de 1979), ela sente uma forte tontura e, ao acordar, se vê em um lugar completamente desconhecido que, mais adiante, sabemos que se trata do período escravocrata americano, no final do século 18.
Ao acordar neste lugar/tempo estranho, Dana é atraída pelos gritos de um menino que está morrengo afogado no rio e ela salva sua vida, apesar dos protestos da mãe do menino e da ameaça de violência do pai dele.
Quando ela retorna ao seu próprio tempo, seu marido Kevin diz que ela ficou desaparecida por apenas alguns segundos, mas no "mundo" de Dana se passaram vários minutos.
Dali em diante, Dana retorna algumas vezes ao passado e, num dado momento, ela compreende que viaja no tempo quando Rufus, o menino que se afogou no rio, está sofrendo risco de vida.
Recomendo este livro não só pela viagem no tempo, mas também pela reflexão que proporciona. Para ler a resenha completa, clique aqui.

5. As Primeiras Quinze Vidas de Harry August, de Claire North
Publicado em 2014, o título do livro é bastante autoexplicativo: narra a estória das quinze primeiras vidas de Harry August. Harry nasce em 1919, na estação de trem Berwick-upon-Tweed e, quando morre, volta a nascer neste mesmo dia, ano e lugar, começando sua vida outra vez. Pessoas como Harry são chamadas de kalachakras (um termo budista que significa "a eterna roda do tempo") ou ouroboranos (símbolo da serpente que come o próprio rabo, representando o tempo cíclico). Mas a principal diferença entre Harry e seus semelhantes é que ele renasce se lembrando de tudo o que aconteceu nas vidas anteriores, cada detalhe e cada evento, enquanto os demais kalachakras se esquecem de tudo.
Por isso, Harry sabe que alguns eventos se repetem em todas as suas vidas, de forma fixa e praticamente imutável: a morte da mãe biológica no parto na estação de trem, a adoção feita por Harriett e Patrick August, a descoberta de que ele é filho do patrão da mãe através de um estupro, a morte da mãe adotiva e a consequente depressão do pai adotivo. Entediado, Harry é forçado a passar por todos esses eventos a cada renascimento.
Em paralelo, os kalachakras do futuro vão passando uma mensagem em direção ao passado, de geração para geração, avisando que o mundo está acabando, e cada vez mais rápido.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

Você conhece mais algum livro que fale sobre viagem no tempo (que não esteja na parte um deste post também)? Se sim, por favor me indique, porque está aí um tema que jamais me canso de ler.

0 Comments