Quando alguém descobre que eu tenho um blog literário, uma das primeiras perguntas que recebo é sobre quais são os meus livros preferidos, mas raramente as pessoas querem saber sobre os livros que não recomendo. Por isso, reuní mais cinco obras que acho que não merecem sua atenção para você não perder tempo com o que não vale a pena.
Caso você queira ver outros cinco livros que não recomendo a leitura, clique aqui:
1. "A Luz que Perdemos", de Jill Santopolo
A protagonista da estória, Lucy, faz faculdade com Gabe, onde se encanta com as observações do rapaz sobre Shakespeare e literatura. No fatídico dia de 11 de Setembro de 2001, quando ocorreu aquele ataque terrorista ao World Trade Center, ela e Gabe passam por momentos íntimos e apaixonados no telhado do edifício da universidade, de onde observavam a tragédia. Ali começou um romance intenso e apaixonado.
Por que não gostei deste livro? Para começar, o romance de Gabe e Lucy é completamente irreal e não consegui me conectar ao relacionamento deles. Depois, Gabe é um cara muito babaca que Santopolo tentou glamourizar, coisa que eu não consegui engolir. E, para completar, o final do livro é ridículo.
Para compreender todos os motivos pelos quais não recomendo este livro, leia a resenha completa dele aqui.
2. "O Livro do Juízo Final", de Connie Willis
Viagem no tempo é meu tema preferido, por isso, quando li a sinopse deste livro, fiquei muito empolgada. Porém, tão logo eu passei do primeiro capítulo, já percebi que a leitura dele seria uma baita frustração.
A protagonista é Kivrin Engle, uma jovem que é fascinada pela Idade Média e, a despeito de todos os avisos do perigo que corria, decide viajar no tempo para experienciar como foi este período da história da Humanidade. No enredo, Kivrin está no ano de 2054 e a Universidade de Oxford desenvolveu técnicas e maquinários que permitem a viagem no tempo para historiadores e antropólogos, desde que eles atuem apenas como observadores nos tempos em que estudam. Assim, a narrativa intercala as experiências de Kivrin na Idade Média e a Inglaterra de 2054, devastada por uma epidemia que tem início nas vésperas de Natal e extermina centenas de pessoas.
Por que não gostei deste livro? O primeiro (e principal) problema deste livro é a repetição incessante de palavras, frases, passagens e acontecimentos. Depois, o ritmo da narrativa é muito lento e, para piorar, a história não chega em lugar nenhum. Nada acontece. São páginas e páginas intermináveis e maçantes onde o auge do conflito é simplesmente uma das personagens ter errado nas coordenadas da viagem de Kivrin (o que é discutido no primeiro capítulo). E, coroando tudo isso, as personagens são chatíssimas.
Para ler a resenha completa deste livro, clique aqui.
3. "Os Náufragos do Selene", de Arthur C. Clarke
Na história, o homem colonizou a Lua, que se transformou num dos principais pontos turísticos de pessoas entediadas na Terra. O lugar mais visitado é o Mar da Sede, uma enorme extensão de poeira lunar que é "navegada" por uma espécie de barco, chamado Selene. A poeira, fininha e compacta, é plana, mas ainda assim os turistas sentem como se estivessem no mar aberto.
Por que não gostei deste livro? O livro começa com 22 passageiros a bordo do Selene. Aqui começa o meu primeiro problema com o livro e que, infelizmente, vai permear todo o enredo: o machismo. Todas as personagens masculinas são comandantes, engenheiros, cientistas, físicos ou intelectuais, enquanto há apenas duas mulheres: uma que é descrita como gorda de uma forma pejorativa, e outra que é apenas a esposa de alguém.
Além disso, Arthur C. Clarke perdeu uma grande oportunidade de fazer uma experimentação sobre o ser humano. Achei o enredo pobre e quase não há evolução das personagens.
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4. "O Pacto", de Joe Hill
Narrado em terceira pessoa e sem linearidade de tempo, "O Pacto" conta a estória de Ignatius Perrish (Ig). Merrin William, sua namorada, é misteriosamente assassinada e estuprada e a cidade toda acredita que Ig é o culpado. Um dia, um ano após a morte de Merrin, depois de uma ressaca, Ig acorda com chifres crescendo em sua cabeça. Diante da presença de Ig Com Chifres, as pessoas começam a confessar os mais sórdidos e imorais pensamentos e atos, mas parecem esquecer-se dele e de suas confissões tão logo Ig vira as costas.
Por que não gostei deste livro? A sensação que tive foi a de que Joe Hill quis atrair a atenção do público escrevendo cenas de violência adolescente, sexo imoral e apologia ao Diabo - o que, sem dúvidas, dá audiência. No entanto, sinto que faltou sofisticação na estória como um todo e, no fundo, se tirarmos Ig e seus chifres demoníacos, é um enredo bastante misógino sobre a rixa de dois adolescentes (sendo que um deles é um psicopata - Lee). A leitura não me prendeu, pois achei um estilo forçado e pouco fluido.
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5. "Mitologia Nórdica", de Neil Gaiman
O livro é uma coletânea de contos sobre a mitologia nórdica. Neil Gaiman sempre comentou que é fã desta mitologia desde criança, o que fica claro quando lemos "Deuses Americanos" e seu protagonista Wednesday. A idéia desta coletânea é que Gaiman recontasse os principais mitos nórdicos, entregando a eles suas características de escrita e, sobretudo, aprofundando as personagens principais destes mitos, como Thor, Loki e Freya.
Por que não gostei deste livro? A minha primeira decepção foi em relação aos contos escolhidos. Com exceção do primeiro e do último, achei os demais repetitivos, reduzindo-se, basicamente, a estórias de gigantes que tentam passar a perna em Thor e que, por sua vez, são enganados por Loki. Minha segunda decepção foi o fato dos contos parecem meramente uma transcrição da Wikipedia, pois não encontrei absolutamente nenhuma contribuição de Gaiman aos relatos. A terceira decepção foi com o potencial desperdiçado.
Para ler a resenha completa deste livro, clique aqui.
E você, quais são os livros que você não recomenda?
1 Comments
Olá!
ResponderExcluirNão li nenhum dos livros citados por você... Sobre os que eu já li e não recomendo: "Cinquenta tons de cinza" (não consegui chegar nem na metade), Aquela "Saga Encantadas" (Veneno, Feitiço, Poder)... São os extremos que lembro agora, porque são muito ruins! Hahahaha!
Beijos, Entre Aspas