Já Li #172 - Cidade da Lua Crescente, Vol.1: Casa de Terra e Sangue, de Sarah J. Maas

 

Depois de ler quase toda a série "Trono de Vidro" de Sarah J. Maas, resolvi me aventurar em outra saga da autora e escolhi "A Cidade da Lua Crescente". Na resenha de hoje, falarei um pouco sobre o primeiro volume, "Casa de Terra e Sangue".

Caso alguém queira xeretar as resenhas sobre "Trono de Vidro", eu li cinco volumes e elas podem ser lidas nos links abaixo:
Vol 1 - O Trono de Vidro
Vol 2 - Coroa da Meia Noite
Vol 3 - Herdeira do Fogo
Vol 4 - Rainha das Sombras
Vol 5 - Império das Tempestades, tomo 1

"Cidade da Lua Crescente" é uma trilogia cuja protagonista é Bryce Quinlan, que é meio-humana e meio-élfica. Seus amigos foram brutalmente assassinados e ela busca vingança. No primeiro volume, "Casa de Terra e Sangue", Sarah J. Maas nos entrega  as bases deste enredo e de todo o mundo/sistema mágico que ela criou.

O primeiro parágrafo desta resenha já será uma crítica. Eu gostaria de começar contando para vocês sobre este mundo mágico e seu funcionamento. Gostaria de explicar quais são as Casas, quais são os seres mágicos de cada uma delas, a relação entre eles, a história por trás destas relações, assim como o que é a tal da Cidade da Lua Crescente. Mas gente, esta tarefa é impossível, pois Sarah fez uma baita bagunça aqui. As primeiras páginas do livro são um caos completo, uma sucessão esquisitíssima de nomes, conceitos e palavras que não criam conexão nenhuma com o leitor. Tenho certeza que, por trás disso, Sarah teve ideias incríveis, mas infelizmente não consegui absorver nada.
Dito isso, tentarei trazer informações sobre o universo mágico ao longo da resenha, junto com os demais pontos.

Bryce trabalha em uma galeria de colecionáveis (itens caríssimos, raros e perigosos) e, nas horas vagas, gosta de se afundar em drogas e baladas. Sua melhor amiga, Danika, uma loba, a acompanha em todas estas aventuras e é a principal pessoa de sua vida. Um dia, voltando de uma das baladas, Bryce encontra Danika e toda a matilha assassinada de forma brutal, o que a coloca em um estado depressivo por mais de dois anos. Então, ela é acionada por Micah e Hunt, que estão investigando os crimes. 
Sei explicar quem é Micah? Não. Não entendi nada da estrutura de Governo do mundo mágico. Há os tal de asteri, que parecem ser os seres mais superiores de todos, e aí depois tem várias outras hierarquias que não fizeram nenhum sentido para mim. Vou dizer que o Micah é uma espécie de governador da Cidade da Lua Crescente, mas posso estar errada.
Hunt é um anjo que foi escravizado porque, há duzentos anos atrás, tentou uma revolução contra a Humanidade que deu errado. Hunt agora pertence a Micah e é seu assassino particular. 

Essa subplot dos anjos escravizados e revolucionários me pareceu muito mais interessante do que o enredo atual. Por mim, o livro seria sobre isso.

E adivinhem só? Bryce e Hunt se apaixonam, claro. * revira os olhos * Ai gente, tenho cada vez menos paciência para romances, de verdade. Ainda mais nesse caso, que Sarah quis sair dos clichês de um romance e arriscou numa narrativa hot. O problema é que esse tom sexual e +18 não combina com mais nada na história. Cada vez que eu lia as interações dos dois, me soava como uma peça fora do quebra-cabeça, como se os trechos tivessem saído de outra história e colocados nessa. 

Quando tiramos a confusão do mundo mágico, as cenas hot de Bryce e Hunt, e os trechos que Bryce sente saudades de Danika, o que sobra é uma investigação chata. Bryce e Hunt precisam descobrir quem é o assassino da matilha de Danika, que desencadeia em descobrir quem teria o poder de convocar um demônio, mas espere um minuto não apenas um demônio mas também um chifre mágico, e ei o chifre mágico está quebrado e desaparecido, e também descobrimos uma droga chamada sintez!
Vou revirar os olhos de novo.
Me pergunte se eles desvenderam o crime e eu te direi: não lembro. Sério, não lembro.
São 800 páginas super cáoticas de um mundo de coisas acontecendo.

 E isso porque eu esqueci de falar do irmão de Bryce, Ruhn, e o poder que Bryce tem dentro de si e só descobre no final.

Olha, ô livro complicado de ler. 
Por tudo isso, não é uma leitura que eu recomendo e não pretendo seguir lendo a série.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 2/5

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