Fiquei tão perturbada com este livro que demorei para pegar coragem e vir escrever a resenha. Hoje é dia de "Flores Partidas", de Karin Slaughter.
Publicado em 2015, a história é narrada do ponto-de-vista de Claire, que acabou de perder o marido milionário (Paul) em um roubo seguido de assassinato em um beco. Enquanto lida com o luto de sua morte, Claire revive o desaparecimento de sua irmã, Julia, desaparecimento este que aconteceu há muitos anos e nunca foi resolvido pela polícia. Além disso, Claire descobre um monte de segredos do marido ao buscar pelos arquivos do seguro de vida em seu computador, e estes segredos vão ficando progressivamente piores ao longo da leitura.
Em 1991, Julia Carroll desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. Nos anos seguintes, a família lidou com a situação de maneiras muito diferentes. A mãe, enquanto lamentava silenciosamente, seguiu em frente e construiu uma nova vida. O pai passou anos procurando por qualquer pista sobre o ocorrido até que, eventualmente, cometeu suicídio (depois descobrimos que a história é outra, mas não darei spoiler sobre isso). As irmãs Claire e Lydia sofreram de maneiras muito diferentes, se distanciaram e não se falaram por muitos anos, até que Claire flagra Lydia fazendo xixi no túmulo de Paul. Anos antes, Lydia conta à família que Paul tentou violentá-la, mas ninguém acreditou nela.
Em 1991, Julia Carroll desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. Nos anos seguintes, a família lidou com a situação de maneiras muito diferentes. A mãe, enquanto lamentava silenciosamente, seguiu em frente e construiu uma nova vida. O pai passou anos procurando por qualquer pista sobre o ocorrido até que, eventualmente, cometeu suicídio (depois descobrimos que a história é outra, mas não darei spoiler sobre isso). As irmãs Claire e Lydia sofreram de maneiras muito diferentes, se distanciaram e não se falaram por muitos anos, até que Claire flagra Lydia fazendo xixi no túmulo de Paul. Anos antes, Lydia conta à família que Paul tentou violentá-la, mas ninguém acreditou nela.
No começo, achei um pouco difícil entender todos os pontos de vista e demorei um pouco para engrenar na leitura, porque ora era a perspectiva de Claire, ora de Lydia, ora do pai delas, e ficou um pouco confuso. Depois disso, comecei a perceber que a brutalidade da narrativa era demais para mim. Comecei a pular as descrições (muito gráficas) e me senti bastante incomodada. Outros leitores podem não ter problemas com isso, mas eu me senti sobrecarregada com os detalhes de atos tão horríveis. Acabei tendo que pular algumas partes.
Disclaimer: o livro é muito, muito violento. Claire descobre nas coisas de Paul uma série de vídeos de snuff porn (não pesquise no Google) que ficam cada vez mais bizarros, cruéis e detalhados, e eu sequer tenho estômago para descrever em mais detalhes o que li. Eu não estava preparada para tanta violência e senti muita falta de algum aviso de gatilho no início da leitura, porque honestamente eu gostaria de des-ler a grande maioria do livro. É muito, muito forte. Horroroso.
Falando sobre outras coisas além da violência extrema.
Gostei da dinâmica de relacionamento entre Claire e Lydia, que me pareceram irmãs muito bem escritas. Porém, achei a conexão entre elas e Anna Kilpatrick, uma jovem desaparecida recentemente, mal desenvolvida, e escrita de uma forma um pouco confusa (sobretudo no início do livro, conforme mencionei antes).
Não gostei da maneira como a polícia e os políticos foram inseridos na trama, e estou até agora tentando entender que função teve o sócio de Paul na narrativa. Acredito que Slaughter poderia ter deixado Paul como o único personagem masculino da história, já que os outros personagens agregaram muito pouco ao enredo geral.
Gostei das partes do diário do pai de Claire e Lydia, e seu imenso sofrimento pela perda da filha. Porém, a relação que ele desenvolve com um serial killer que está preso e como este serial killer o ajuda a desvendar o crime é ridícula, para dizer o mínimo. Super forçado.
Gostei como a mãe de Claire e Lydia escondeu delas, a vida toda, que sabia a verdade sobre Julia, mas não gostei como o conflito entre elas mal se estabelece.
De forma geral, sinceramente, o horror dos crimes de Paul não vale a pena ser lido. Não há nada mais na história que justifique ler todas aquelas atrocidades super gráficas - Clarie e Lydia não são personagens tão boas assim que compensem a agonia, e as plots paralelas são fracas demais e não se sustentam. Por isso, não é uma leitura que recomendo, e vai levar a rara avaliação 1 deste blog.
Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 1/5
Disclaimer: o livro é muito, muito violento. Claire descobre nas coisas de Paul uma série de vídeos de snuff porn (não pesquise no Google) que ficam cada vez mais bizarros, cruéis e detalhados, e eu sequer tenho estômago para descrever em mais detalhes o que li. Eu não estava preparada para tanta violência e senti muita falta de algum aviso de gatilho no início da leitura, porque honestamente eu gostaria de des-ler a grande maioria do livro. É muito, muito forte. Horroroso.
Falando sobre outras coisas além da violência extrema.
Gostei da dinâmica de relacionamento entre Claire e Lydia, que me pareceram irmãs muito bem escritas. Porém, achei a conexão entre elas e Anna Kilpatrick, uma jovem desaparecida recentemente, mal desenvolvida, e escrita de uma forma um pouco confusa (sobretudo no início do livro, conforme mencionei antes).
Não gostei da maneira como a polícia e os políticos foram inseridos na trama, e estou até agora tentando entender que função teve o sócio de Paul na narrativa. Acredito que Slaughter poderia ter deixado Paul como o único personagem masculino da história, já que os outros personagens agregaram muito pouco ao enredo geral.
Gostei das partes do diário do pai de Claire e Lydia, e seu imenso sofrimento pela perda da filha. Porém, a relação que ele desenvolve com um serial killer que está preso e como este serial killer o ajuda a desvendar o crime é ridícula, para dizer o mínimo. Super forçado.
Gostei como a mãe de Claire e Lydia escondeu delas, a vida toda, que sabia a verdade sobre Julia, mas não gostei como o conflito entre elas mal se estabelece.
De forma geral, sinceramente, o horror dos crimes de Paul não vale a pena ser lido. Não há nada mais na história que justifique ler todas aquelas atrocidades super gráficas - Clarie e Lydia não são personagens tão boas assim que compensem a agonia, e as plots paralelas são fracas demais e não se sustentam. Por isso, não é uma leitura que recomendo, e vai levar a rara avaliação 1 deste blog.
Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 1/5