5 séries literárias que desisti de ler, parte 1


Eu acho difícil encontrar uma série literária que me mantenha entretida até o fim. Infelizmente, em meio às minhas muitas leituras, me deparo com livros que não consigo gostar sequer para chegar no segundo volume da saga. Por isso, separei aqui seis exemplos de séries literárias que desisti de acompanhar.

Trilogia A Sombra do Corvo, de Anthony Ryan
Caramba, eu gosto de uma fantasia épica, e como gosto - taí minha paixão por "A Roda do Tempo" de Robert Jordan que não me deixa mentir. Foi por causa desse meu interesse que cheguei entusiasmada para completar a leitura da trilogia de Ryan, que começa com "A Canção do Sangue".
O protagonista é Vaelin Al Sorna, que é abandonado por seu pai, o Rei Janus, às portas da Ordem, onde será treinado como guerreiro religioso. Ao longo do tempo, ele começa a gostar de desempenhar seu novo papel e sua lealdade muda de lado.
Eu não quis continuar a série porque... o Rei Janus é um antagonista desinteressante. Quando começaram os conchavos políticos e as manipulações por poder, achei que o enredo se tornou genérico, sem nada que realmente prendesse minha atenção. E como o Rei Janus é o típico vilão (previsivelmente cruel, sem sutilezas nem muitas camadas a serem exploradas), não tive vontade de saber onde a história iria chegar.
Para ler a resenha do primeiro livro da trilogia, clique aqui: Já Li #63 - A Sombra do Corvo, Vol.1: A Canção do Sangue, de Anthony Ryan

A Trilogia Espinhos, de Mark Lawrence
Jorg Ancrath, o protagonista da trilogia, está decidido a subir ao trono do Império Quebrado. Ele presencia o assassinato de sua mãe e de seu irmão mais novo e depois descobre que seu pai sabia de ambos os assassinatos. Ao se esconder dos assassinos, ele é "engolido" por um arbusto espinhoso, que lhe confere alguns poderes.
Eu não quis continuar a série porque... Nossa, não sei nem por onde começar, pois motivos não me faltaram. Primeiro, Jorg é um menino de quatorze anos que é mal simplesmente "porque é", e não existe absolutamente nada interessante nele, sem contar que é ridículo pensar num moleque tendo tanto poder assim como ele na trama. Depois, porque ele estupra, e incentiva que todos os seus soldados façam o mesmo por onde passam. Não existe a menor possibilidade que eu vá recomendar um livro assim. E, por fim, o tal elemento fantástico dos espinhos é muito mal escrito e confuso.

Trilogia Mar Despedaçado, de Joe Abercrombie
Esta série conta a jornada de Yarvis, um jovem príncipe de Gettland. A grande particularidade do protagonista é que ele não tem uma das mãos e carrega o fardo físico e psicológico de ser aleijado. No primeiro volume, a estória é narrada pelo ponto-de-vista dele, mas nos livros subsequentes outras personagens passam a ter mais destaque na narração. A premissa da estória diga que o cenário dos acontecimentos é uma Escandinávia pós-apocalíptica que retornou ao modo de vida medieval.
Eu não quis continuar a série porque... ela é uma junção de vários clichês da literatura, o que faz a história não ter nenhuma identidade própria. Os personagens, os eventos, até mesmo os diálogos são super previsíveis e, claro, a leitura se torna maçante. O único aspecto original da trama, que seria a tal Escadinávia pós-apocalíptica, sequer é explorado no livro e mal aparece na história, o que também é super frustrante.

Trilogia Elenium, de David Eddings
A princesa Ehlana, do reino de Elenia, acometida por uma estranha doença, está adormecida em seu trono de cristal há anos. Embora ainda esteja viva, ninguém é capaz de encontrar uma cura para sua condição. Enquanto isso, Annias manipula o príncipe regente e é quem realmente governa o reino de Elenia, sendo membro importante da Igreja e do Conselho Real. É este o cenário que Sparhawk encontra após dez anos de exílio, tempo que ficou fora em uma missão para a Ordem Pandion. Ele é o Campeão da Rainha de Ehlana e, quando se depara com a situação dela e de seu reino, resolve descobrir o que está por trás de sua misteriosa doença e quais são as reais intenções de Annias.
Eu não quis continuar a série porque... Eddings teve a maravilhosa idéia de escrever todo o livro em diálogos e ele é péssimo nisso. A consequência direta deste estilo é que não existem cenas de ação, o livro entrega zero de emoção e não há espaço para o desenvolvimento dos personagens, já que eles aparecem rapidamente nos diálogos e só. Que livro chato! 

O Livro Malazano dos Caídos, de Steven Erikson
O Império Malazano é uma força política que dominou o mundo através da coerção e da violência e, por isso, enfrenta diversas resistências organizadas ao seu governo. No primeiro livro, "Jardins da Lua", o Império Malazano caminha para dominar Darujhistan, uma das maiores cidades do continente de Genabackis, sob o domínio da imperatriz Lasseen.
Eu não quis continuar a série porque...  O primeiro motivo é porque a história tem mais de cem personagens, não há um grande foco em nenhum deles e eu não me conectei a nada e a ninguém. O segundo motivo é que Erikson não se deu ao trabalho de contextualizar o leitor sobre nada do Império Malazano e ficamos no escuro. Por fim, existem tantos elementos fantásticos quanto personagens e, por isso, o sistema mágico da trilogia é confuso, poluído e sem pé nem cabeça.

Você tem alguma série literária que não conseguiu terminar também? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!

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