O post de hoje é dedicado a compartilhar mais cinco escritoras que inspiram com suas estórias originais. Elas são uma pequena amostra do que temos de bom por aí e valem sua leitura.
Para acessar a primeira parte deste Top 5, clique abaixo:
1. Elena Ferrante
Escritora publicada desde 1992, Elena Ferrante manteve sua identidade em segredo até pouco tempo atrás e não gosta da fama e da popularidade que vem recebendo. Se utilizando de pseudônimo, ninguém soube ao certo quem ela era por mais de vinte anos. O que foi possível descobrir sobre ela, através de cartas trocadas com seus editores, é que ela nasceu em Nápoles, viveu fora da Itália por um tempo e é mãe.
Seu estilo de escrita é fluido e descomplicado, embora seja, ao mesmo tempo, profundo e delicado. Suas estórias são baseadas em experiências do cotidiano italiano, acompanhadas de análises psicológicas das personagens e bastante drama familiar.
Seu estilo de escrita é fluido e descomplicado, embora seja, ao mesmo tempo, profundo e delicado. Suas estórias são baseadas em experiências do cotidiano italiano, acompanhadas de análises psicológicas das personagens e bastante drama familiar.
Aqui no blog, resenhei o primeiro volume de sua Série Napolitana, A Amiga Genial. Clique aqui.
Ela também aparece neste post: Desafio Livros Pelo Mundo | Três escritores italianos que você precisa conhecer.2. Gioconda Belli
Gioconda Belli é uma poetisa da Nicarágua, atualmente com 67 anos e ativista do movimento feminista em seu país. Nos anos 70, ela lutou contra a ditadura em seu país, o que a fez largar uma carreira como alta executiva em uma multinacional e dedicar-se às causas humanitárias. Seus primeiros poemas foram sobre a revolução na Nicarágua e as péssimas condições de vida de seus habitantes e, depois, evoluíram para tratar da questão da feminilidade.
Ela tem um estilo de escrita forte e incisivo e suas personagens femininas transpiram força e determinação. Não há meias palavras com Gioconda Belli, nem eufemismos. Ela também abusa de teor político nos seus enredos e insere diversos conceitos feministas.
Recomendo muitíssimo a leitura deste livro: 12GLCGM | O País das Mulheres, de Gioconda Belli
3. Chimamanda Ngozi Adichie
Nascida em Enugu, na Nigéria, ela é a quinta de seis crianças igbo, um grupo étnico do centro-sul e sudeste deste país. Ela estudou Medicina por um ano e meio, quando decidiu ir para os Estados Unidos formar-se em Ciências Políticas. Também formada em Escrita Criativa e Estudos Africanos, Chimamanda logo tornou-se referência quando o assunto é raça, empoderamento feminino e preconceito.
E ela escreve maravilhosamente bem. Como leitora, fico completamente tomada pelas personagens e pela atmosfera que ela cria, tanto pela força que ela aplica nas suas personagens e emoções, como na eficácia para descrever o preconceito que os negros sofrem.
Aqui no blog, ela apareceu deste post: Desafio Livros Pelo Mundo | Nigéria: Americanah, de Chimamanda N. Adichie
4. Madeleine L'Engle
Nascida dos anos 20, era considerada muito tímida e "estúpida" pelos seus professores. Começou a registrar seus pensamentos em diários e só teve uma obra sua aprovada e publicada depois dos 40 anos de idade. Madeleine teve três filhos - dois biológicos e um adotado - e eles lhe inspiravam a escrever estórias para o público infantil. Muito determinada, Madeleine não se deixou abater pelas quase trinta recusas de seu primeiro livro, pois o mercado editorial não queria uma protagonista feminina nas estórias.
Aqui no blog, ela apareceu neste post: Já Li #69 - Uma Dobra no Tempo, de Madeleine L'Engle
5. Gillian Flynn
No começo de carreira, Gillian era repórter policial, o que talvez explique que muitas de suas estórias são sobre crimes (passionais). Com o tempo, ela percebeu que esta profissão não era exatamente o que ela gostaria para seu futuro, e decidiu focar-se em ser escritora. Formada em Jornalismo, Gillian não acredita que escrever é uma "inspiração divina" vinda de uma "musa", e sim, que é preciso muito trabalho duro e que é necessário de basear na vida real.
Assim, é fácil notar que o estilo de escrita de Gillian é cru e sem firulas. Não há espaço para fantasia nem para idéias românticas. Suas vilãs são as melhores que já li, cheias de autenticidade e longe de todos os clichês de personagens femininas.
No blog, ela apareceu neste post: Sugestão de Leitura | Objetos Cortantes, de Gillian Flynn
Você gostaria de me recomendar alguma escritora que não apareceu em nenhuma das partes deste Top 5? Deixa aí nos comentários, vou adorar saber!
2 Comments
Oi, Rúbia!
ResponderExcluirDas autoras que citou, apenas nunca ouvi falar da Gioconda Belli, mas fiquei bem interessada.
Da Elena Ferrante eu li apenas um livro por enqto, "Dias de abandono" e eu amei. É visceral, um soco no estomâgo, fantastico. Quero ler tudo que a autora escreveu. hahaha.
Chimamanda tb é minha favorita, já li Hibisco Roxo e Sejamos todos feministas, mas quero ler mais com certeza.
Já Madeleine L'Engle tá na lista. Adquiri o livro "Uma dobra no tempo" recentemente.
Sobre Gillian Flynn, eu li "Garota Exemplar". Na época eu curti muito, mas acabei não lendo outras obras da autora. Vou procurar por Objetos Cortantes que é sua recomendação. =D
Abraços.
Daniela Tiemi
leiturasecomidinhas.com.br
Obrigada pela visita, Dani! Desculpe, só vi seu comentário agora (:
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