Já Li #143 - Tons de Magia, Vol.2: Um Encontro de Sombras, de V. E. Schwab


Eita que estou avançando na leitura desta trilogia mais rápido do que eu esperava. No post de hoje, falarei sobre o segundo volume da série Tons de Magia, "Um Encontro de Sombras", escrito por V. E. Schwab.

Para ler a resenha do primeiro volume, veja este post: Sugestão de Leitura | Tons de Magia, Vol. 1: Um Tom Mais Escuro de Magia, de V. E. Schwab

Vou partir do princípio que você já está familiarizado(a) com essa trilogia e com o primeiro volume.
Em "Um Encontro de Sombras", Kell e Lila se separam. Lila vai explorar o mundo e consegue fazer parte da tripulação de um navio, que é o mais perto que consegue chegar do seu verdadeiro sonho, que é ser a capitã da própria embarcação. Kell sofre as consequências (literal e metaforicamente) do vínculo mágico que criou com Rhys para preservar sua vida e segue enclausurado no castelo, uma vez que o rei e a rainha da Londres Vermelha estão decepcionados com ele.
Tanto para Kell quanto para Lila, a saída para lidar com as inquietações é participar clandestinamente de um torneio de magia chamado Essen Tasch. O capitão do navio que agora Lila faz parte, Alucard Emery, também participará do torneio e descobrimos que ele é ex de Rhys, quando foi expulso da Londres Vermelha pelo próprio Kell, como punição por Emery ter partido o coração de seu irmão.
Rhys cria um personagem para que Kell participe do torneio, chamada Kamerov Loste, pois, devido ao vínculo que eles tem, Rhys percebe que o irmão está profundamente infeliz com o arranjo de coisas que o rei estabeleceu, e resolve fornecer algum tipo de estímulo/diversão a Kell. Lila, por outro lado, com a ajuda de Alucard, tira um dos competidores do torneio e assume sua identidade.
Em paralelo, Holland ressuscita na Londres Branca e começa a bolar um plano para subjugar Kell e se vingar dele, tornando-se agora rei e buscando uma forma de reviver a glória da Londres Branca.

Gostei do torneio porque V. E. Schawb introduz outros países do universo da Londres Vermelha, com seus respectivos idiomas e costumes, o que achei muito interessante de ler. A dinâmica do torneio também foi muito boa, mostrando na prática como a magia dos Elementos funciona e as nuances entre cada participante. Eu fiquei entretida nas disputas, não apenas porque fiquei curiosa para saber quem ganharia (e se Kell e Lila seriam descobertos), mas porque a dose de ação veio bem para o ritmo do enredo.

Também gostei que Rhys ganhou destaque na história e da chegada de Alucard. Não me entendam errado, eu adoro tanto o Kell quanto a Lila - principalmente a Lila - mas já era hora de mais personagens aparecerem na trama para movimentar as coisas. Rhys é um ótimo complemento de Kell, como eu já havia dito na resenha do primeiro volume, e achei perfeitamente coerente como ele reage ao vínculo mágico entre ambos. Alucard foi muito bem construído por Schwab e, sedutor que é, me seduziu também. Eu cairia na lábia dele facilmente, e daí é fácil entender como ele foi capaz de despedaçar o coração de Rhys no passado. 

Lila fica ainda maior e melhor, com a decoberta dos seus poderes e da aparente habilidade de desacelerar o tempo. O fato do arco de desenvolvimento dela ser o inverso de Kell (ela fica cada vez mais forte enquanto ele fica cada vez mais debilitado) deixa tudo ainda mais interessante. E, é bom dizer que, mesmo debilitado, Kell continua sendo muito poderoso. Eu acho que Lila vai se tornar ainda mais poderosa que ele no terceiro volume, mas veremos. A única ressalva que eu faria em relação a Lila é que, às vezes, eu tive a sensação de que as coisas estavam muito fáceis para ela, mas talvez Schwab tenha guardado algo para o próximo livro.

Foi uma leitura fácil, simples e gostosa, que me deixou ainda mais intrigada para terminar a trilogia. Por isso, é uma leitura que eu recomendo.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 

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