Sempre comento aqui no blog que não gosto de histórias de amor. É um casal aparecer no livro para que eu perca um pouco do interesse pela leitura e isso acontece porque, na maioria das vezes, os autores recorrem às mesmas fórmulas de sempre. Quatro anos depois da primeira parte deste Top 5, encontrei mais cinco casais que, esses sim, valem a pena ser lidos.
Para ler a primeira parte desta lista, clique aqui.
Rowan e Citra - "Trilogia Scythe", Neal Shusterman
"Sycthe" se passa em um futuro distante, onde a civilização alcançou um status de utopia. Nesta civilização, os humanos alcançaram a imortalidade e todos os nossos problemas - pobreza, miséria, fome, doenças, crimes - foram solucionados. Isso foi possível devido a uma Inteligência Artifical chamada Nimbo-Cúmulo.
Para controlar a população mundial, existem os Ceifadores, pessoas autorizadas por lei a matar - ou, nos termos deste mundo, coletar. É aí que entra Rowan e Citra, pois ambos são escolhidos pelo Ceifador Faraday para serem treinados como Ceifadores.
Como casal, eles se tornam interessantes no segundo volume da trilogia, quando decidem tomar rumos diferentes na Ceifa, opostos e conflitantes. Eles se reeencontram em meio ao caos e à anarquia e só então descobrem como são complementares. Rowan é surprendeente e o final dessa história de amor me fez chorar.
Para ler a resenha do primeiro volume da trilogia, leia: Sugestão de Leitura | Trilogia Scythe, Vol.1: Ceifador, de Neal Shusterman
Pátroclo e Aquiles - "A Canção de Aquiles" de Madeleine Miller
A história é narrada em primeira pessoa por Pátroclo. ("Pá-tro-clo", como Aquiles irá pronunciar seu nome ao longo do livro). Ele é um príncipe que foi banido de sua côrte porque matou um menino, sem querer. Pátroclo era um desgosto para o pai, que queria um herdeiro forte e guerreiro, enquanto ele era sensível, introspectivo e mais inclinado à medicina do que à guerra. Ao ser banido, ele conhece Aquiles, um princípe maravilhoso e perfeito que está sendo treinado para tornar-se uma lenda.
A história é narrada em primeira pessoa por Pátroclo. ("Pá-tro-clo", como Aquiles irá pronunciar seu nome ao longo do livro). Ele é um príncipe que foi banido de sua côrte porque matou um menino, sem querer. Pátroclo era um desgosto para o pai, que queria um herdeiro forte e guerreiro, enquanto ele era sensível, introspectivo e mais inclinado à medicina do que à guerra. Ao ser banido, ele conhece Aquiles, um princípe maravilhoso e perfeito que está sendo treinado para tornar-se uma lenda.
Madeline teve a delicadeza e a profundidade necessárias para escrever sobre uma das mais belas histórias de amor de todos os tempos. Aquiles desperta em Pátroclo coragem, determinação e vontade de viver; Pátroclo lembra Aquiles de sua humanidade, bondade e honestidade. É uma das histórias de amor mais tocantes e profundas que já li e super recomendo a leitura deste livro.
Resenha completa aqui: Sugestão de Leitura | A Canção de Aquiles, de Madeleine Miller
Resenha completa aqui: Sugestão de Leitura | A Canção de Aquiles, de Madeleine Miller
A história conta o romance entre o adolescente de 17 anos Elio e Oliver, um estudante americano de 24 anos que está visitando a Itália e é hóspede na casa de Elio. Os pais de Elio costumam abrigar um estudante a cada verão, hóspede estes que dormem no quarto de Elio enquanto ele se muda temporariamente para o quarto ao lado.
A narrativa se passa no verão de 1983. Oliver é despreocupado e desapegado, às vezes até mesmo arrogante, num forte contraste com a introversão de Elio.
Elio é o ponto forte dessa história de amor, pois relata seus medos, fraquezas, dúvidas e angústias enquanto se apaixona perdidamente pelo primeiro homem de sua vida. É maravilhoso, devorei este livro em dois dias.
Para saber mais sobre ele, veja este post: O livro ou o filme?| Me Chame pelo Seu Nome, de André Aciman
O romance narra a infância e a idade adulta de Mattia Balossino e de Alice Della Rocca que foram expostos a situações traumáticas que os seguiram até a idade adulta. Ambos são estranhos, semelhante à forma como os números primos são estranhos em relação aos outros números. Eles se tornam amigos, formando um relacionamento especial - tornando-se muito próximos, mas nunca românticos. O relacionamento deles é interrompido mas as circunstâncias os unem novamente e, embora se amem claramente, são incapazes de expressar suas emoções. Essa relação é comparada aos números primos: sempre juntos, mas nunca se tocando.
Eu gosto dessa história de amor porque ela é não-convencional. Paolo mostra como pode ser difícil amar alguém e como nem todos buscam um relacionamento romântico como ponto principal de suas vidas.
Eu gosto dessa história de amor porque ela é não-convencional. Paolo mostra como pode ser difícil amar alguém e como nem todos buscam um relacionamento romântico como ponto principal de suas vidas.
Resenha completa aqui: Já Li #114 - A Solidão dos Números Primos, de Paolo Giordano
Eu raramente escrevo uma história de amor nos meus livros, porque acredito que existem muitas formas de causar conflito/antagonismo sem recorrer ao clichê (e falo sobre isso no meu curso da Udemy). Então, quando escrevi minha trilogia "A Teoria das Estrelas", eu decidi que, se fosse para existir um romance, eu teria liberdade de escrevê-lo nos meus próprios termos.
Assim surgiu Audra e Adhara, um casal que engloba as muitas nuances e ambiguidades que existem no amor, e que são obrigadas a enfrentar um distanciamento como nunca antes se viu. E mesmo o enorme amor entre ambas não as priva de suas identidades e desejos, ambas muito complexas e interessantes. Para saber mais sobre este meu livro, clique aqui: A Teoria das Estrelas, vol. 2: Estrelário - O Mapa das Memórias, de Rúbia Dias
Você tem alguma história de amor para me recomendar? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!
1 Comments
Tem uma que eu li quase uns 10 anos atrás, foi o primeiro livro que eu li, o nome é Soul Love (A noite e o céu perfeito), ele é muito legal porque fala sobre o preconceito que as pessoas com HIV sofrem.
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