3 filmes sobre escritores para você assistir e se inspirar


Acho que todo mundo sente uma pontada de curiosidade de saber como são (ou eram) seus escritores preferidos na vida real. Por isso, separei alguns filmes que retratam a vida de alguns destes autores, todos eles filmes que gostei muito de assistir. 

Tolkien (2019)
Dirigido pelo finlandês Dome Karukoski, o filme conta a história de J. R. R. Tolkien, interpretado por Nicholas Hoult. A história mostra como era a vida de Tolkien antes dele escrever "O Hobbit" e a trilogia "O Senhor dos Anéis", mostrando desde sua infância até o momento em que ele se torna professor de inglês em Oxford. 
Ao longo do filme, vemos vários personagens e momentos que estão espelhados em suas obras como, por exemplo, o corajoso companheiro de Exército que o acompanha em todas as trincheiras e que se assemelha muito ao Sam de "O Senhor dos Anéis". Há também uma cena onde Nicholas Hoult/Tolkien fuma um cachimbo em uma poltrona, uma imagem que retrata a foto clássica do autor, fazendo o que mais gostava. 
O que eu mais gostei no filme foi como Karukoski mostrou a paixão de Tolkien pelos idiomas. No longa metragem, vemos o início da construção de todas as línguas que Tolkien criou para sua saga, como o idioma dos anões e dos elfos. Esta paixão de Tolkien é levada a sério por um dos professores de Oxford que, depois, também o ajuda a fazer carreira na universidade.
Além disso, gostei também da amizade forte que ele tem com Robert, Geoffrey e Christopher (Wiseman, como o Sam). O relacionamento deles é muito bonito e inspirador, todos eles muito criativos e encorajadores, e acho que foi daí que vieram os hobbits que acompanham Frodo até Mordor. 
É um filme que eu recomendo muito!

As Horas (2002)
Originalmente um livro de Michael Cunningham, "As Horas" é sua adaptação cinematográfica de 2002, com direção de Stephen Daldry. Tanto o livro quanto o filme contam a história da nossa rainha Virgínia Woolf, e o fazem de um jeito muito interessante,
O livro narra um dia da vida de três mulheres em contextos sociais e históricos distintos, e os capítulos revezam-se entre as três. A primeira mulher é Virgínia Woolf (*faz uma reverência respeitosa*) e seu cotidiano em uma casa isolada no interior de Londres no final do século 19. A segunda mulher é Laura Brown e sua vida na Califórnia dos anos 50 que, no momento, está lendo "Mrs. Dalloway" de Virgínia Woolf e se identifica com a protagonista. E a terceira mulher é Clarisse Vaughn, editora que vive em Nova York nos anos 2000 e tem um relacionamento lésbico, algo que - dizem - Woolf não pôde ter em sua época e lhe provocou uma profunda depressão.
Meus olhos encheram de lágrimas só de escrever esta breve sinopse do filme. É uma história densa, sensível, extremamente feminina e delicada, e muito melancólica. Recomendo muito, muito, muito.
Para ler a resenha do livro, clique aqui.

O Rebelde no Campo de Centeio (2017)
De novo, Nicholas Hoult encanta intepretando um escritor, desta vez J. D. Salinger, de "O Apanhador no Campo de Centeio", dirigido por Danny Strong. O roteiro foi baseado no livro biográfico de Kenneth Slawenski, entitulado "A Life".
Salinger é conhecido por ter sido um escritor que ficou recluso até o fim de sua vida, vivendo na pobreza e passando fome, a despeito do sucesso de suas obras. No filme, o foco é a trajetória do escritor em direção a este futuro, mostrando as decisões e situações que ele viveu que o levaram à reclusão. O filme é criticado por alguns por causa do ritmo lento mas, na minha opinião, o ritmo está de acordo com a mensagem que o roteiro transmite. Recomendo o filme, mas só para quem gosta muito da obra de Salinger e entende sua profunda necessidade de introspecção e isolamento.
"O Apanhador no Campo de Centeio" foi o primeiro livro resenhado neste blog. Para ver o post sobre a obra, clique aqui.

Você conhece algum filme sobre escritores que vale a pena assistir? Deixe aí nos comentários, vou adorar saber.

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