4 exemplos de filmes melhores que seus livros


Toda vez que eu escrevo um post para a sessão "O Livro ou o Filme?", alguém comenta: Ah, mas o livro é sempre melhor. Às vezes, o(a) comentador(a) nem sequer leu o post, mas já julga o filme por generalização. Hoje vim mostrar que, sim, existem filmes melhores do que seus respectivos livros.

Coraline, de Neil Gaiman

O post de inauguração da sessão "O Livro ou o Filme?" causou polêmica, afinal, mexi no vespeiro dos fãs de Neil Gaiman.
"Coraline", publicado em 2002, foi adaptado para os cinemas em 2009, no formato de animação stop-motion
Ambos contam a estória de Coraline que, enquanto seus pais trabalham, descobre uma passagem secreta que a leva para um mundo alternativo. Neste outro mundo, há uma réplica de tudo o que há no seu mundo real. A diferença é que, no mundo alternativo, os seres tem botões no lugar dos olhos e seus pais são mais atenciosos e amáveis com ela, em um primeiro momento. 
Porém, ao retornar ao mundo real, ela descobre que seus pais sumiram e precisa desvendar este mistério.
O filme é melhor que o livro porque Neil Gaiman devia estar com preguiça quando o escreveu. O livro é pobre, raso e não me conectei nem um pouco com Coraline. O enredo se desenrola de forma muito rápida e sem desenvolvimento. Já o filme conseguiu elevar esta obra ao nível que ela realmente merece.
Para ler a resenha completa comparando o livro ao filme, clique aqui.

Clube da Luta, de Chuck Palahniuk

O Narrador trabalha em uma indústria automobilística, lidando com os acidentes que as pessoas sofrem nos carros. Ele tem insônia e, quando os médicos recusam-se a lhe dar remédios, procura grupos de apoio de pessoas com diversas doenças, e é em um destes grupos que ele conhece Marla. 
Ao voltar de uma viagem de trabalho, ele descobre que seu apartamento foi destruído em uma explosão e recorre a um amigo que conheceu recentemente, chamado Tyler Durden, em busca de abrigo e ajuda. Daí em diante, a relação entre os dois se estreita e eles fundam o Clube da Luta.
O filme é melhor que o livro porque o estilo de escrita de Palahniuk é cansativo, na minha opinião. As reflexões sobre a sociedade de Tyler Durden são ótimas, mas só ganharam peso e destaque no filme, pois no livro tornaram-se cansativas e repetitivas. Além disso, o final da estória ganhou toda a grandiosidade e solenidade devidas no filme, enquanto no livro o momento de revelação da trama quase passa desapercebido.
Para ler a análise completa, clique aqui.

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

O livro de "O Grande Gatsby" foi publicado em 1925, mas foi o diretor de cinema Baz Lurhman (o mesmo de "Moulin Rouge" e "Australia") quem transformou a estória em algo interessante.
Nick se muda para Long Island, onde acaba tornando-se vizinho de Jay Gatsby, um bilionário conhecido pelas enormes festas que dá em sua mansão e, também, por não permitir que sua identidade seja revelada. Por causa deste excesso de zelo com sua privacidade, as pessoas começam a criar os mais diversos boatos sobre seu passado e sua história.
Surpreendentemente, Gatsby se aproxima de Nick que, com seu temperamento gentil e ingênuo, logo se deixa envolver pela aura poderosa de Gatsby. Depois de um tempo, Nick percebe que Gatsby só promove aquelas grandes festas para chamar a atenção de Daisy Buchanam.
O filme é melhor que o livro porque Fitzgerald saía do foco da estória principal várias vezes, descrevendo pessoas, situações e lugares que não eram essenciais para a trama, desviando a atenção do leitor do que realmente importava. No filme, os conflitos foram "enxugados", ressaltando o ponto principal de cada um deles, e as personalidades de cada personagem ficaram mais vívidas e dinâmicas.
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Trainspotting, de Irvine Welsh

O enredo de ambas as obras, livro e filme, conta a estória de um grupo de amigos que são viciados em drogas, mais especificamente heroína. São personagens autodestrutivos e miseráveis mas que, quando escritos com o olhar afiado de Welsh, tornam-se ricos e interessantes. Dentro destes personagens, o de maior destaque é Mark Renton, ícone dos anos 90 com suas frases de efeito e seu jeito inocente e perdido, apesar do meio violento e decadente em que vive.
O filme é melhor que o livro porque a combinação de recursos gráficos com trilha sonora e a interpretação dos atores deram vida ao livro, tornando a estória mais surpreendente e mais fácil de o leitor se vincular. As críticas à sociedade aparecem de forma mais poética e veemente, saindo de um relato de pessoas viciadas para uma reflexão que qualquer pessoa deve fazer ao longo da vida.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

E, por favor, não vamos generalizar as opiniões, o mundo fica chato demais assim. :)
Você conhece algum filme que também se saiu melhor do que os livros? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!

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