EuroTrip: Lugares Literários - Reykjavík, Islândia


Antes de viajar para a Islândia, pesquisei sobre a literatura deste país encontrar algo interessante para o Desafio Livros pelo Mundo. Como era de se esperar, não encontrei muitas informações relevantes sobre os escritores de lá e preferi esperar para checar, pessoalmente, como as coisas aconteciam por lá.


O primeiro lugar que me deparei com uma centena de livros foi o fleamarket Kolaportið. O mercado acontece apenas aos finais de semana, em uma região portuária de Reykjavík (capital da Islândia), dentro de um galpão bastante antigo que cheira a peixe. Lá, basicamente vende-se roupas, sapatos e objetos de segunda mão, com preços baixos. Porém, apesar de ter encontrado diversas barracas de sebo no mercado, ainda não tinha conseguido ter uma visão da literatura do país, pois a grande maioria dos livros eram clássicos ingleses ou americanos.




Depois, me deparei com a maior rede de livrarias do país, a Eymundsson. Para minha alegria, eles tem uma sessão de livros apenas para escritores islandeses e outra, logo ao lado, para os livros onde o cenário é a Islândia. Fiquei muito tempo lendo sinopses e procurando um autor em específico, chamado Emil Hjörvar Petersen. Ele é - pasmem - o único escritor de fantasia e ficção-científica do país e não é muito conhecido entre os próprios islandeses. Infelizmente, não havia nenhum livro dele traduzido para o inglês, o que me deixou frustrada.

A literatura da Islândia é predominantemente sobre crimes, no estilo descubra-o-assassino de Agatha Christie. Como este gênero não é o meu favorito, demorei até encontrar um livro que me interessasse, mas finalmente encontrei "Moonstone", de Sjón

Sjón é conhecido na Islândia pois foi o co-roteirista de "Dançando no Escuro", musical de Lars Von Trier estrelado pela Björk. O livro se passa em 1918, em Reykjavík e a estória é contada pelo jovem Máni Steinn, que passa por vários conflitos inerentes à adolescência em meio à Primeira Guerra Mundial, o advento do Cinema e a peste na Espanha. A narrativa é feita através dos fluxos de consciência de Máni, que se isola cada vez mais do mundo. 

PS: a cara de cansada que estou nesta foto tem uma explicação. Neste dia, acordamos às 2h da manhã para pegar o vôo para a Islândia e chegamos direto para passear na capital. 

Assim que eu terminar a leitura do livro, postarei aqui no blog para vocês acompanharem.

Para ler sobre as outras #EuroTrips, escolha: Shakespeare Globe Theater (Londres) Lugares Literários: British Library (Londres) Vólos (Grécia) | Atenas (Grécia) | Grunewald (Alemanha) |  Potsdam (Alemanha) | Berlim (Alemanha)

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