Na primeira vez que fui a Londres, em 2012, me hospedei em frente à British Library e me apaixonei instantaneamente pelo lugar. Quando retornei em 2014, não pude visitá-la mas, nesta viagem, finalmente consegui retornar à biblioteca. Fui esperando reencontrar o manuscrito original de "Mrs. Dalloway", de Virgínia Woolf, que me arrancou lágrimas da primeira vez.
A British Library é considerada a maior biblioteca do mundo, se contabilizar livros catalogados. Ela é realmente uma biblioteca enorme e, mesmo sem poder entrar nas Readings Rooms, já vale a visita e o passeio, pois o prédio é lindo, aconchegante e silencioso. Todos os livros que são publicados no Reino Unido automaticamente ganham um exemplar na biblioteca, o que garante uma adição de - pasmem! - 3 milhões de livros por ano (incluindo digitais).
Os livros começaram a ser colecionados no século 17, mas a biblioteca só ganhou um status oficial em 1970. Assim, além dos milhões de livros que eu mencionei que ela possui, há uma série de coleções que são de tirar o fôlego: além do manuscrito da Virgínia Woolf que comentei que eu vi, também tem manuscritos originais (amarelados, envelhecidos e escritos com caneta de pena, naquela caligrafia antiga) de Jane Austen, de William Shakespeare, de "Alice no País das Maravilhas" e mais uma série de outros itens que fazem meu coração disparar.
Infelizmente, a parte que contém as coleções e os manuscritos não pode ser fotografada, pois ali também existem originais da Bíblia, anotações de Leonardo da Vinci e Galileo Galilei e mais uma série de coisas incríveis. Vale a pena visitar a British Library nem que seja apenas por esta sessão.
Apesar de haver pessoas por todos os lugares, a biblioteca é muito silenciosa. Ela tem um café, um restaurante e uma lojinha com coisas lindas, fiquei com vontade de comprar tudo. Se você pretende ir para Londres e gostar de Literatura, não deixe de visitar a British Library.
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