Escritora de ficção-científica, empreendedora, visionária e mulher por inteiro. Margaret Atwood representa tantos aspectos que considero admiráveis que seria apenas uma questão de tempo para ela aparecer na sessão "Escritores que Inspiram". Neste post, espero ser capaz de transmitir não apenas a grandiosidade de sua obra, mas também de sua personalidade.
O feminismo de Atwood
Uma característica predominante de suas obras é que suas protagonistas, sempre mulheres, são dominadas pelo patriarcalismo. Desta forma, através da Literatura, Atwood expõe as diversas formas de submissão que as mulheres sofrem em nossa sociedade, e o caráter de ficção (e até mesmo de ficção-científica) de suas estórias não alivia o peso das críticas que ela faz. Em contrapartida, Atwood não se considera como parte do movimento feminista, pois começou a escrever suas estórias antes da ascensão do Segundo Movimento Feminista e, além disso, ela diz que nunca teve a intenção de colocar conscientemente conteúdo feminista em suas obras. Na opinião de Atwood, a igualdade entre homens e mulheres é algo que ela busca intrinsecamente, e não precisa estar atrelada a nenhum movimento específico. Esta igualdade deve ser conquistada pela sociedade o quanto antes e suas obras tem o objetivo de mostrar a opressão que as mulheres passam enquanto ela, a igualdade, não chega.
As especulações sociais e científicas
Atwood não gosta muito quando suas obras são classificadas como ficção-científica. Ela prefere o termo ficção especulativa. A principal diferença, na sua visão, é que os elementos imaginados na ficção-científica são mais absurdos, enquanto os elementos de uma ficção especulativa podem realmente acontecer. Com isso, nas obras de Atwood encontramos possibilidades para a nossa sociedade atual, decorrentes de nossos dilemas políticos, sociais e éticos, onde ela mergulha nos cenários que poderiam acontecer conosco. O grande fascínio de suas especulações reside na forma como Atwood escreve: misteriosa, poética, profunda, crua e violenta. E um tanto pessimista sobre o futuro da Humanidade.
Envolvimentos humanitários e ambientais
Além de escritora, Atwood se envolve em desenvolvimento de tecnologias que promovam a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Ela criou a LongPen, foi a primeira escritora a se envolver no projeto The Future Library, fez parte de um partido político do Canadá, é presidente honorária da Bird Life International, contribuiu para o documentário ambientalista In the Wake of the Flood, entre outros projetos.
"If your not annoying somebody, you're not alive." (Margaret Atwood)
Como não amar esta mulher?!
Abaixo, relacionei os posts sobre suas obras. Navegue pelos links e divirta-se!
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