Apesar de curto e direto, o livro da resenha de hoje é impactante. Falaremos de "O que você está enfrentando", da escritora Sigrid Nunez.
Publicado em 2020, "O que você está enfrentando" narra uma mulher que descreve vários encontros com diversas pessoas ao longo de sua vida: um ex-namorado que, por acaso, reencontra em uma palestra, a anfitriã de um Airbnb que não sabe como interagir com seus hóspedes, um estranho que busca ajuda para confortar sua mãe idosa, uma amiga da juventude agora hospitalizada com câncer terminal. Em cada uma dessas pessoas, a protagonista encontra uma necessidade comum: o desejo de falarem sobre si mesmos e de ter um público para suas experiências.
O primeiro ponto que não gostei neste livro foi a confusão do seu início. Eu demorei a entender o que estava lendo - é uma coletânea de contos? O ponto-de-vista do enredo é sempre o mesmo, ou muda a cada capítulo? É uma história linear com começo, meio e fim, ou são fragmentos da vida de uma mesma protagonista? Os personagens que aparecem serão recorrentes ou eles somente aparecem em seus respectivos trechos?
Essa confusão inicial, aliada ao fato de que o livro é muito parecido com minha leitura anterior, me desanimou bastante, e eu quase larguei a obra logo no início. Porém, como é um livro relativamente pequeno, preferi continuar a leitura do que desistir.
Depois de alguma evolução na leitura, a protagonista vai tomando forma (acadêmica, inteligente, espera, bem-educada) mas, ainda assim, não consegui criar uma imagem dela na minha cabeça.
Publicado em 2020, "O que você está enfrentando" narra uma mulher que descreve vários encontros com diversas pessoas ao longo de sua vida: um ex-namorado que, por acaso, reencontra em uma palestra, a anfitriã de um Airbnb que não sabe como interagir com seus hóspedes, um estranho que busca ajuda para confortar sua mãe idosa, uma amiga da juventude agora hospitalizada com câncer terminal. Em cada uma dessas pessoas, a protagonista encontra uma necessidade comum: o desejo de falarem sobre si mesmos e de ter um público para suas experiências.
O primeiro ponto que não gostei neste livro foi a confusão do seu início. Eu demorei a entender o que estava lendo - é uma coletânea de contos? O ponto-de-vista do enredo é sempre o mesmo, ou muda a cada capítulo? É uma história linear com começo, meio e fim, ou são fragmentos da vida de uma mesma protagonista? Os personagens que aparecem serão recorrentes ou eles somente aparecem em seus respectivos trechos?
Essa confusão inicial, aliada ao fato de que o livro é muito parecido com minha leitura anterior, me desanimou bastante, e eu quase larguei a obra logo no início. Porém, como é um livro relativamente pequeno, preferi continuar a leitura do que desistir.
Depois de alguma evolução na leitura, a protagonista vai tomando forma (acadêmica, inteligente, espera, bem-educada) mas, ainda assim, não consegui criar uma imagem dela na minha cabeça.
Finalmente, depois de um caminho tortuoso sobre personagens que não fazem diferença para o enredo, e não são nem um pouco interessantes, chegamos ao ponto que pode ser mais interessante deste livro. A protagonista é convidada por sua amiga de longa data a participar de seu processo de eutanásia assistida - a amiga conseguiu liberação de seus médicos para tomar um remédio que terminará com sua vida, após um processo doloroso e cruel de câncer terminal. Ela, a amiga, planeja viajar para uma bonita casa de campo onde, em algum momento, tomará a medicação, e não quer estar sozinha quando isso acontecer. Após um reflexão cheia de dilemas, a protagonista aceita acompanhá-la.
Aqui o livro fica (temporariamente) interessante, mostrando as interações entre as amigas, os pensamentos sobre vida e morte, os questionamentos sobre o sentido da vida, ao mesmo tempo que é necessário ir ao mercado e calcular quanta comida se deve comprar. A convivência das duas estava bastante interessante, e a amiga rouba a cena - para mim, a protagonista, na realidade, é ela.
Aqui o livro fica (temporariamente) interessante, mostrando as interações entre as amigas, os pensamentos sobre vida e morte, os questionamentos sobre o sentido da vida, ao mesmo tempo que é necessário ir ao mercado e calcular quanta comida se deve comprar. A convivência das duas estava bastante interessante, e a amiga rouba a cena - para mim, a protagonista, na realidade, é ela.
Porém, pouco depois, o enredo desmorona uma vez mais. Eu não acreditei quando li que elas precisaram sair da casa pois a bandeira inundou, e o andar ficou em risco de desmoronamento por causa da infiltração - me senti uma grande idiota como leitora, como se não merecesse uma ideia ou uma explicação melhor. Achei ridículo. Daí para frente, oficialmente me desinvesti da leitura, e continuei até o fim sem prestar muita atenção no que viria depois.
No final das contas, senti que foi uma perda de tempo, pois o livro não se apresenta com consistência, nem com desenvolvimento suficientes. Não gostei da leitura e não a recomendo.
Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 2/5
No final das contas, senti que foi uma perda de tempo, pois o livro não se apresenta com consistência, nem com desenvolvimento suficientes. Não gostei da leitura e não a recomendo.
Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 2/5
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