Eu já estava com saudades de fazer um post comparando um livro ao filme ou à série, e finalmente temos um conteúdo novo nesta sessão. Nesta análise, falaremos sobre a obra original de Stephen King, "Outsider", e a série de mesmo nome produzida pela HBO.
Se você gosta deste tipo de conteúdo, no Perplexidade e Silêncio tem várias análises de Livro x Filme, e Livro x Série. Veja os demais posts aqui.
Começando pelo livro, "Outsider" foi publicado originalmente em 2018. O enredo começa com a investigação de um crime brutal contra uma criança, e o detetive Ralph Anderson tem 100% de certeza de que o assassino é Terry, o técnico de futebol americano e baseball dos times infantis da cidade. Porém, conforme o tempo passa, o advogado de defesa de Terry apresenta provas irrefutáveis de que ele estava fora da cidade no dia do crime, e o que antes era uma certeza absoluta passa a ser um mistério. Terry acaba assassinado pelo irmão do garotinho morto, e, a partir daí, Ralph se vê em um espiral para baixo sem precedentes, até que encontra a investigadora Holly.
Holly, então, traz uma perspectiva completamente diferente à investigação, sugerindo que o real assassino não é humano.
Dois anos depois, a HBO lançou a série baseada neste livro, que consiste em uma temporada com dez episódios. O livro já tinha me trazido uma energia "Supernatural", a série dos irmãos Winchester e, como uma fã de Supernatural, para mim a história foi zero surpreendente. Com um capítulo do livro e um episódio da série, já tinha desvendado o tal mistério e, por isso, achei alguns momentos de ambas as obras meio "bobos". Mas, imagino que para muita gente o desenrolar da história foi interessante.
Se você gosta deste tipo de conteúdo, no Perplexidade e Silêncio tem várias análises de Livro x Filme, e Livro x Série. Veja os demais posts aqui.
Começando pelo livro, "Outsider" foi publicado originalmente em 2018. O enredo começa com a investigação de um crime brutal contra uma criança, e o detetive Ralph Anderson tem 100% de certeza de que o assassino é Terry, o técnico de futebol americano e baseball dos times infantis da cidade. Porém, conforme o tempo passa, o advogado de defesa de Terry apresenta provas irrefutáveis de que ele estava fora da cidade no dia do crime, e o que antes era uma certeza absoluta passa a ser um mistério. Terry acaba assassinado pelo irmão do garotinho morto, e, a partir daí, Ralph se vê em um espiral para baixo sem precedentes, até que encontra a investigadora Holly.
Holly, então, traz uma perspectiva completamente diferente à investigação, sugerindo que o real assassino não é humano.
Dois anos depois, a HBO lançou a série baseada neste livro, que consiste em uma temporada com dez episódios. O livro já tinha me trazido uma energia "Supernatural", a série dos irmãos Winchester e, como uma fã de Supernatural, para mim a história foi zero surpreendente. Com um capítulo do livro e um episódio da série, já tinha desvendado o tal mistério e, por isso, achei alguns momentos de ambas as obras meio "bobos". Mas, imagino que para muita gente o desenrolar da história foi interessante.
Trouxe as principais diferenças entre as duas obras:
O arco do personagem Ralph Anderson
Ralph, o protagonista do enredo, é um detetive determinado em uma cidade pequena dos Estados Unidos chamada Flint City (como tudo o que acontece nos livros de Stephen King. Ele tem zero repertório de geografia e culturas diferentes, aliás). No livro, ele tem um peso menor para o desenrolar da narrativa, que acaba se dissolvendo um pouco entre Holly e os demais policiais envolvidos na investigação. Na série, acredito que eles fizeram um ajuste ótimo pois, não apenas deram uma back story para Ralph (o filho dele morre na série, mas não no livro), como o colocam como o principal interlocutor com a criatura misteriosa. Foi uma mudança excelente, que trouxe muito mais profundidade à história.
Holly Gibney
É preciso dizer que eu adorei a personagem de Holly. Ela é excêntrica, antissocial, inteligente, e fora dos padrões. Na série, gostei muito da representatividade de terem colocado a Cynthia Orivo para interpretá-la, uma vez que no livro a personagem é loira e branca. O que não gostei muito foi terem dado um par romântico à Holly na série (Andy), algo que não existe no livro, e não entendi bem o motivo disso - foi puro machismo, de achar que toda mulher precisa de um parceiro, ou foi para adicionar drama?
Gostei mais do final que deram à Holly na série, em contrapartida, inclusive fiquei interessada em uma continuação com ela em uma segunda temporada.
A família de Terry
O arco do personagem Ralph Anderson
Ralph, o protagonista do enredo, é um detetive determinado em uma cidade pequena dos Estados Unidos chamada Flint City (como tudo o que acontece nos livros de Stephen King. Ele tem zero repertório de geografia e culturas diferentes, aliás). No livro, ele tem um peso menor para o desenrolar da narrativa, que acaba se dissolvendo um pouco entre Holly e os demais policiais envolvidos na investigação. Na série, acredito que eles fizeram um ajuste ótimo pois, não apenas deram uma back story para Ralph (o filho dele morre na série, mas não no livro), como o colocam como o principal interlocutor com a criatura misteriosa. Foi uma mudança excelente, que trouxe muito mais profundidade à história.
Holly Gibney
É preciso dizer que eu adorei a personagem de Holly. Ela é excêntrica, antissocial, inteligente, e fora dos padrões. Na série, gostei muito da representatividade de terem colocado a Cynthia Orivo para interpretá-la, uma vez que no livro a personagem é loira e branca. O que não gostei muito foi terem dado um par romântico à Holly na série (Andy), algo que não existe no livro, e não entendi bem o motivo disso - foi puro machismo, de achar que toda mulher precisa de um parceiro, ou foi para adicionar drama?
Gostei mais do final que deram à Holly na série, em contrapartida, inclusive fiquei interessada em uma continuação com ela em uma segunda temporada.
A família de Terry
Tanto o assassinato de Terry quanto a reação de sua viúva são bem mais impactantes na série. Inclusive mudaram o nome da viúva de Marcy para Glory, e não entendi porquê. De qualquer forma, na série, retrata-se muito mais a devastação da família de Terry após sua acusação e morte, e as consequências na vida da viúva e das duas filhas. Achei outra mudança bem pensada.
De forma geral, gostei do livro, embora não seja uma das obras-primas de Stephen King. Ele tem livros melhores, mas fiquei entretida, apesar de não surpresa com o desenrolar dos eventos, como mencionei anteriormente. Comparando com a série, a série me deixou mais presa à história, e acho que as mudanças feitas elevaram a obra de King para um nível mais emocionante e menos previsível. Por isso, recomendo a série.
De forma geral, gostei do livro, embora não seja uma das obras-primas de Stephen King. Ele tem livros melhores, mas fiquei entretida, apesar de não surpresa com o desenrolar dos eventos, como mencionei anteriormente. Comparando com a série, a série me deixou mais presa à história, e acho que as mudanças feitas elevaram a obra de King para um nível mais emocionante e menos previsível. Por isso, recomendo a série.
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