Já Li #190 - Magisterium, Vol.5: A Torre de Ouro, de Holly Black e Cassandra Clare

 

Cheguei ao final da série Magisterium, escrita por Holly Black e Cassandra Clare. Neste último volume, entitulado "A Torre de Ouro", temos a conclusão da narrativa e falo minha opinião sobre este livro e, também, sobre a série como um todo.

Para ver as resenhas dos volumes anteriores, veja os posts abaixo:

Já Li #179 | Magisterium, Vol.1: O Desafio de Ferro, de Holly Black e Cassandra Clare
Já Li #182 - Magisterium, Vol. 2: A Luva de Cobre, de Holly Black e Cassandra Clare
Já Li #184 - Magisterium, Vol. 3: A Chave de Bronze, de Holly Black e Cassandra Clare
Já Li #187 - Magisterium, Vol. 4: A Máscara de Prata, de Holly Black e Cassandra Clare

No último volume da série, Cal começa a história lidando com a alma de Aaron, que está habitando seu corpo depois dos acontecimentos do livro anterior. Além disso, também temos o retorno de Alex como um Devorado, e este retorno ameaça a vida de todos, dentro e fora do Magisterium. Sendo o Makar e o Inimigo da Morte, a Assembleia coloca em Cal o peso e a responsabilidade de derrotar Alex.

Eu gostei das partes em que Aaron e Cal conversavam por pensamentos, e achei divertido quando Aaron aconselhava ou ajudava Cal a ser uma pessoa mais comunicativa e articulada. A interação entre os dois é boa para ressaltar as personalidades de cada um, e também ajudou a trazer mais profundidade ao enredo. 
Também gostei da inserção de outros Devorados, cada um representando um elemento (ar, água, fogo e terra). Inclusive achei que, aqui, houve um potencial mal aproveitado pelas escritoras, pois estes personagens poderiam ter sido mais explorados e mais desenvolvidos, ou terem sido adicionados ao longo dos livros anteriores, para que o leitor já tivesse um vínculo com eles. 

Mas, infelizmente, de forma geral, foi um livro mediano, que não fez jus à conclusão de uma saga. A vilania de Alex foi escrita de uma forma meio caricata, para mim, e acho que faltou demarcar mais o poder destruidor que ele tinha, para justificar todo o pânico que se espalhou pelo Magisterium. Além disso, achei que o foco não deveria ter sido Alex e, sim, o tal do outro Inimigo da Morte que possui corpo atrás de corpo através dos séculos, e aqui entra o ponto que mais me incomodou.

No final das contas, o real antagonista da história não é Constantine Madden, como Black e Clare insistiram desde o primeiro livro, e eu, como leitora, me senti sendo feita de trouxa. O real antagonista é um outro personagem (Magris? esqueci o nome dele) que, através de séculos e séculos, possui o corpo de magos para derrotar a Morte. Assim, ficamos sabendo que todos os vilões do mundo do Magisterium, todos aqueles que cometeram atrocidades, são, na realidade, este Magris - incluindo o próprio Constantine. Essa informação, que muda todo o cenário da saga, é jogada ao leitor de repente, no meio do livro, e logo em seguida a narrativa volta para a missão de derrotar Alex.
Fiquei com a impressão de que este personagem Magris foi pensado de última hora.

Assim, nada se desenvolve a contento - nem a missão contra Alex, muito menos o próprio Alex como vilão, nem as plots de Call e Aaron, nem os Devorados, ou até mesmo o futuro do Magisterium. E toda a explicação de Constantine/Magris foi superficial e bobinha. Sinceramente, eu mal lembro como o livro termina, porque a essa altura eu já estava entediada e pouco interessada no desenrolar das coisas. Por tudo isso, não recomendo a leitura deste livro.

Sobre a série como um todo, eu diria que há elementos bons e originais, sobretudo nos dois primeiros volumes, que tornam a leitura interessante, mas do terceiro livro em diante torna-se um pouco raso. Por outro lado, não é a pior série de fantasia que eu já li, pois há momentos divertidos, então eu recomendaria para leitores iniciantes, ou para aquelas fases da vida que não queremos ler nada muito complicado.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 3/5

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