Já Li #184 - Magisterium, Vol. 3: A Chave de Bronze, de Holly Black e Cassandra Clare

 

Continuando a leitura da saga "Magisterium", agora é a vez da resenha do terceiro volume, "A Chave de Bronze", de Holly Black e Cassandra Clare.

Para ler a minha opinião sobre os outros volumes, navegue pelos links abaixo:
Já Li #179 - Magisterium, Vol 1: O Desafio de Ferro, de Holly Black e Cassandra Clare
Já Li #182 - Magisterium, Vol 2: A Luva de Cobre, de Holly Black e Cassandra Clare

"A Chave de Bronze" continua exatamente do ponto final do livro anterior, o que foi algo positivo considerando que eu, literalmente, emendei a leitura. Para este volume, Black e Clare trouxeram o enredo de um espião misterioso infiltrado no Magisterium, espião este que tenta matar Cal de maneiras bastante criativas (e às vezes até um pouco absurdas). Por isso, a trama central aqui é Cal, Aaron e Tamara tentando desvendar quem é o espião e, ao fazê-lo, todos do Magisterium são suspeitos.
Esta trama poderia ter funcionado melhor. Black e Clare são ótimas escrevendo fantasia, o que já ficou claro para quem chegou até aqui na leitura. Porém, como a premissa deste terceiro volume é mais suspense do que fantasia, achei que a leitura foi um pouco frustrante. Eu não fiquei muito investida, nem curiosa, por descobrir quem seria o espião porque, de alguma maneira, eu sentia que não seria surpreendente. Black e Clare, através das suspeitas de Cal, tentam direcionar a atenção do leitor para outros personagens, mas esta tentativa ficou meio óbvia. Alguns desdobramentos dos conflitos também são previsíveis, e por isso acho que elas não tiveram muito sucesso ao criar um clima de mistério.

Achei também bastante aleatório o relacionamento entre Celia e Jasper. Celia, para mim, é tipo um mosquitinho - irrelevante na ordem geral das coisas, mas que incomoda com o zumbido no ouvido. A não ser que Black e Clare tenham algum plano maior para Celia, acho ela uma personagem completamente descartável. 

Mas, por outro lado, as escritoras tiveram coragem quando decidiram eliminar um personagem importante da trama, pois esta decisão irá nortear e conduzir os próximos dois livros. Acho que elas perceberam que era o momento certo para adicionar uma virada mais dramática no enredo, e gostei. Claro que não direi qual é esta eliminação, porque seria um grande spoiler, mas foi algo que adicionou valor à leitura e sacudiu um pouco a previsibilidade que mencionei antes.

Ah, e sempre me surpreendo com as idades dos personagens. Só neste volume realmente entendi que, agora, eles tem catorze anos, ou seja, toda a história começou quando eles tinham doze. A forma como eles se comportam e reagem, de maneira alguma, reflete estas idades. Sempre acho que eles tem dezesseis ou mais. Não sei se esta foi uma escolha consciente das escritoras, mas este leve desalinhamento começou a me incomodar um pouco. 

De forma geral, foi o livro que menos gostei, até agora. Acho os dois volumes anteriores mais interessantes. Porém, isso não quer dizer que eu não tenha me divertido. É uma leitura descomprometida, leve, que entrega o que se propõe. Não será um livro que ficará marcado na minha memória, mas foi gostosinho de ler. Agora, avanço para o quarto volume, curiosa para saber se Black e Clare irão retomar a qualidade dos volumes anteriores.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 3/5

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