3 Livros que eu Gostaria que virassem Filmes (Bons), parte 1


No post de hoje, em vez de avaliar o filme versus o livro que o inspirou, resolvi parar para pensar quais livros eu gostaria que se tornassem adaptações para o cinema - desde que, claro, tais adaptações fossem bem feitas.

A sessão aqui do blog "O livro ou o filme?" sempre gera um pouco de polêmica e, em posts anteriores, já mostrei matematicamente que existem sim filmes melhores do que os seus livros, apesar da crença popular de que é sempre o contrário que acontece. Mas, independente desta discussão, acredito que existam livros com muito potencial para serem transformados em filmes e, para esta lista, segui alguns critérios: 1) não escolhi gêneros como fantasia e scifi, porque acredito que o uso de computação gráfica complica demais as coisas numa produção; 2) escolhi livros de volume único, pois trilogias e sagas também são mais complexos e 3) tentei trazer diversidade para as minhas escolhas, tanto de temas quanto de enredos.

Minha História, de Michelle Obama
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A autobiografia de Michelle Obama é uma ótima literatura. Há cenas icônicas que cairiam muito bem na tela grande de um cinema, e não apenas as cenas que envolvem o início do namoro com Obama ou quando Michelle fuma maconha na adolescência. O filme poderia ser focado na família de Michelle, bem como no background social em que cresceu. 
Além disso, a própria Michelle é uma ótima protagonista. Forte, bem humorada, inteligente e cheia de energia, não tenho dúvidas de que ela conquistaria a atenção de uma platéia. Seria um filme dramático ao estilo "ganhador de Oscar". 

Eleanor Oliphant Está Muito Bem, de Gail Honeyman
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O traço mais marcante de Eleanor é sua personalidade excêntrica. Ela não tem referências apropriadas de interações sociais e, por isso, se comporta de uma forma muito diferente no trabalho, na fila do mercado, no ônibus, na rua. Eleanor é literal (não entende sarcasmo, piadas, indiretas, metáforas, ironias), fala o que pensa sem filtros, utiliza um vocabulário rebuscado que parece saído de Jane Eyre, é extremamente prática e não tem sentimentos muito complexos. Além disso, Eleanor tem dificuldade de entender as nuances de uma interação social ou de um relacionamento, o que gera momentos cômicos no enredo.
Sua personalidade se destaca, inclusive, sobre sua aparência física. Eleanor tem um lado do rosto coberto de cicatrizes e as mãos deformadas por conta de um incêndio.
Este livro seria um excelente filme sobre saúde mental, daqueles que contém cenas densas que deixam o público um pouco angustiado, mas que também entrega muita poesia e profundidade. Provavelmente não seria um filme líder de vendas nas bilheterias, mas sem dúvida traria discussões muito pertinentes.

O País das Mulheres, de Gioconda Belli
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A premissa da obra é a seguinte: O PEE (Partido de Esquerda Erótica, cujo símbolo são os pés com as unhas pintadas de vermelho da capa) ganhou a eleição para a presidência do país fictício de Fáguas, através da incrível Viviana. Este novo governo fez uma série de mudanças de paradigmas na sociedade, como, por exemplo, os postos de trabalho do Governo são obrigatoriamente ocupados por mulheres, enquanto os homens se tornam donos-de-casa em tempo integral.
A idéia central é mostrar como seria uma sociedade matriarcal utópica, segundo os sonhos da autora Gioconda Belli. Algumas especulações de Belli poderiam ser facilmente traduzidas para o mundo cinematográfico.
Seria um filme com um casting arrasador, com aquelas atrizes que admiramos e respeitamos, e ofereceria um teor mais forte/violento e político que, com certeza, geraria uma plateia dividida, bem na linha "ame ou odeie".

E você, quais livros gostaria de ver transformados em (bons) filmes?

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