Sugestão de Leitura | Wayfarers, vol. 1: A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil, de Becky Chambers
Becky Chambers foi uma agradável descoberta no gênero de ficção-científica space opera. No primeiro volume da trilogia Wayfarers, "A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil", fiquei encantada com sua habilidade de criar personagens originais e interessantes. Para saber mais, continue lendo a resenha deste livro.
Becky Chambers, antes de alcançar o sucesso com sua trilogia, era uma escritora freelancer que passava por um baita aperto financeiro na época em que escrevia o primeiro volume. Sua publicação só foi possível em 2014, quando ela conseguiu patrocínio pelo Kickstarter.
A premissa da trilogia é que o cosmos é governado pelo Galactic Commons (GC). É este governo, que contém um representante de cada planeta, que estipula quais são as regras de navegação e comércio através do espaço sideral. Assim, para viajar longas distâncias, as naves podem acessar uma subcamada da matéria-escura e, através desta, criar um túnel, criando um buraco de minhoca artificial e bastante perigoso.
Oito planetas compóem o GC: Terra, Marte, Aganon, Hagarem, Hashkath, Porto Coriol, Risheth e Sohep Frie.
Assim, o universo da trilogia Wayfarers é muito rico e dinâmico. Becky Chambers criou seres alienígenas, culturas, idiomas, economias e política para cada um destes planetas e todas estas criações soaram naturais e fluidas. Só por isso Becky já conquistou meu coração de leitora.
Dentro desse contexto, a estória se passa a bordo de uma nave chamada Wayfarer. A nave é especializada em viajar através de túneis e, por causa do seu alto nível de profissionalismo, é convidada pelo GC a construir o maior túnel já visto, conectando as extremidades mais opostas do espaço sideral conhecido. O capitão da nave, Ashby Santoso, aceita o convite apesar dos riscos, pois deseja que sua nave e sua tripulação alcancem novos objetivos e novos desafios.
Oito planetas compóem o GC: Terra, Marte, Aganon, Hagarem, Hashkath, Porto Coriol, Risheth e Sohep Frie.
Assim, o universo da trilogia Wayfarers é muito rico e dinâmico. Becky Chambers criou seres alienígenas, culturas, idiomas, economias e política para cada um destes planetas e todas estas criações soaram naturais e fluidas. Só por isso Becky já conquistou meu coração de leitora.
Dentro desse contexto, a estória se passa a bordo de uma nave chamada Wayfarer. A nave é especializada em viajar através de túneis e, por causa do seu alto nível de profissionalismo, é convidada pelo GC a construir o maior túnel já visto, conectando as extremidades mais opostas do espaço sideral conhecido. O capitão da nave, Ashby Santoso, aceita o convite apesar dos riscos, pois deseja que sua nave e sua tripulação alcancem novos objetivos e novos desafios.
A tripulação da nave é composta por seres de vários planetas. Ashby é um humano que escapou da Terra no Êxodo, momento em que a Terra foi praticamente exterminada. Além dele, temos Rosemary, uma humana que nasceu em Marte, onde ficou a população que morava na Terra depois do Êxodo. Há, ainda: o Doutor Chef, um grum que é médico e cozinheiro da nave; Kizzy e Jenks, ambos humanos do Êxodo e são os "técnicos de manutenção" da nave (embora o que eles façam vá muito além disso); Sissix, uma Aandrisk, pilota da Wayfarer; Corbin, outro humano e responsável pelo combustível; Lovelace, a inteligência artifical que administra os sistemas operacionais e Ohan, um Sianat Pair que acessa a subcamada da matéria-escura para a construção dos túneis.
Além da tripulação, temos o interesse amoroso de Ashby, a Pei, uma Aeluon que também é soldado militar.
A estória narra vários acontecimentos e desventuras dentro da nave e, em cada um destes episódios, o leitor conhece mais profundamente cada um dos tripulantes. Ashby e Rosemary, por exemplo, guardam segredos dos demais colegas. Corbin descobre uma verdade sobre si mesmo. Jenks e Lovelace se apaixonam num amor proibido. Ohan está morrendo, e assim por diante. Perto do final do livro, um incidente no espaço monitorado pelo GC une todas as plots de todas as personagens e, assim, o leitor encontra sentido e relevância em tudo o que leu até aquele momento.
Minha personagem preferida é Sissix. Os Aandrisk tem uma estrutura de sociedade muito diferente da nossa e, através dela, Becky Chambers quebra todos os paradigmas que temos a respeito de família, amor e sexo. O livro vale muitíssimo a leitura nem que seja somente pelas partes com Sissix que, além de nos fazer pensar, é uma personagem muito carismática (e estranhamente sexy). Ela virou minha crush, sem dúvida.
Ao contrário de outras space operas, Becky Chambers foi além das guerras interplanetárias e governos opressores. Suas personagens tem carisma e identidade. Os relacionamentos entre os tripulantes são reais e interessantes. Há momentos de ação, mas também há momentos de emoção e poesia, um contraponto delicado à pesada tecnologia de uma ficção-científica. Devorei cada página e cada capítulo do livro e, quando ele chegou ao fim, já estava com saudade de Sissy.
É uma leitura que recomendo muito e mal posso esperar para ler o segundo volume, "A Vida Compartilhada em Uma Admirável Órbita Fechada".
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