Especial 6 Anos | Os meus 6 livros preferidos


Este ano, o Perplexidade e Silêncio completa seis anos de existência. Para comemorar, o mês de Maio terá uma série especial de postagens e, na de hoje, escolhi meus seis livros preferidos para compartilhar com vocês.

É claro que esta é uma seleção injusta porque, com certeza, livros incríveis ficarão de fora. Por isso, resolvi atribuir um critério mais pessoal às escolhas e dei preferência aos livros que me marcaram de alguma forma.

O Conto da Aia, de Margaret Atwood

"O Conto da Aia", publicado em 1985 (o ano em que nasci, aliás), é categorizado como distopia e como ficção especulativa. Como pano de fundo da estória, temos uma Nova Inglaterra de um futuro não muito distante ao nosso, onde o Governo é totalitário e teocrata. Ou seja, o sistema político não tem limites nem regulação e detém o poder de ser cruel e opressor; e, além disso, Deus é a fonte de toda a autoridade (e versículos da Bíblia são mencionados com força de Lei). Por conta disso, a região que seria a Nova Inglaterra nos EUA foi renomeada para Gilead, uma cidade bíblica. Este contexto do Governo levou a uma total e completa dominação das mulheres e anulação de suas identidades, com a narrativa de Offred, uma das Aias cuja função é tão somente procriar.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

Trilogia MadAddam, de Margaret Atwood

"Oryx e Crake" é o primeiro volume da trilogia MadAddam. A premissa desta obra de ficção-especulativa é que Atwood extrapola como seria o nosso mundo caso os seres humanos resolvessem manipular não apenas as plantas, os alimentos e os animais, como também a genética do próprio ser humano. Assim, o leitor é introduzido a um cenário futurista, sem ano definido, mas com um background tecnológico intenso e uma grande apropriação da Biologia e da Natureza por parte do homem, que se estabelece como uma raça superior. Este primeiro é narrado por Jimmy, supostamente o único ser humano ainda vivo na Terra e que era amigo de Oryx e Crake, os criadores desta nova raça humana que acabou trazendo o Fim dos Tempos. É uma leitura incrível e a excelente qualidade de Atwood permeia os três livros. Para ler as resenhas dos volumes da trilogia, clique abaixo:
Vol. 1: Oryx e Crake, de Margaret Atwood
Vol. 2: O Ano do Dilúvio, de Margaret Atwood
Vol. 3: MadAddam, de Margaret Atwood

As Horas, de Michael Cunningham


O livro narra um dia da vida de três mulheres em contextos sociais e históricos distintos, e os capítulos revezam-se entre as três. A primeira mulher é Virgínia Woolf (*faz uma reverência respeitosa*) e seu cotidiano em uma casa isolada no interior de Londres no final do século 19. A segunda mulher é Laura Brown e sua vida na Califórnia dos anos 50. E a terceira mulher é Clarisse Vaughn, editora que vive em Nova York nos anos 2000.
Nas partes reservadas à Virgínia Woolf, Michael Cunningham conta como teria sido seu último dia de vida antes de cometer suicídio. Ele se baseou em documentos históricos e biografias para compor esta ficção e, para minha alegria, ao final do livro ele menciona todas as fontes de pesquisa que utilizou.
É uma leitura sensível, profunda e que emociona. A abordagem sobre feminilidade e sobre as angústias de ser mulher são lindíssimas. Merece a leitura! 
Para ver a resenha completa, clique aqui.

Trilogia: Mistborn - Nascidos da Bruma, de Brandon Sanderson


A premissa desta trilogia é de que algumas pessoas possuem Alomancia, ou seja: existem algumas pessoas que são alomânticas, ou seja, elas podem controlar metais e extrair poder deles. Cada metal tem uma função específica: estanho aguça os sentidos, peltre fortalece o corpo, ferro e aço empurram e puxam metais próximos, e assim por diante. Ao longo do livro, todos os metais e seus respectivos poderes nos são apresentados através da personagem Vin, que descobriu ser alomântica há pouco tempo e está aprendendo como tudo funciona.
Ao longo dos três livros, personagens extremamente interessantes surgem como protagonistas, ora derrubando um governo de mais de mil anos, ora precisando estabelecer seu próprio governo. É uma estória que reúne fantasia, estratégia de guerra, política e relacionamentos. É maravilhoso. Abaixo, seguem as resenhas feitas para esta trilogia:
Sugestão de Leitura | Saga Mistborn (Nascidos da Bruma), de Brandon Sanderson (vol. 1 - O Império Final + Vol. 2 - O Poço da Ascensão)

Saga: A Roda do Tempo, de Robert Jordan

A primeira coisa que notamos na série é que os livros são longos. O menor deles que li, até agora, tinha quase 700 páginas. Isso pode afugentar alguns leitores, mas garanto que cada página vale a pena ser lida, pois Jordan criou um mundo extremamente detalhado, complexo e criativo - e daí surgem as comparações com Tolkien. Há um grande número de personagens, mas, ao contrário do que acontece normalmente, não as confundimos e nem nos perdemos nas referências, pois há muita coesão entre as estórias, as personagens e os capítulos.
A estrutura do sistema mágico da saga também é excelente, desde saidin/saidar, que são poderes masculinos e femininos que controlam o mundo (para o Bem e para o Mal), até a figura de um Demônio assustador, chamado Shai'tan.
Há diversos povos e culturas ao longo dos livros, que são apresentados ao leitor conforme as personagens percorrem o mundo em busca de completar suas próprias missões. As missões são interligadas, pois fazem parte da Roda do Tempo, um elemento análogo ao Destino, que tece um padrão que ninguém pode alterar.
Das diversas personagens, três delas são ta'veren, ou seja, são imprescindíveis e fundamentais para a teia da Roda do Tempo e não podem, por mais que tentem, fugir de seus destinos: Rand al'Thor, Mat Cauthom e Perrin Aybara.
São 14 livros no total, sendo que cinco foram publicados em português. Atualmente estou lendo o sexto, em inglês.
Para ler a resenha dos quatro primeiros volumes, clique aqui. Para ler a resenha do quinto volume, clique aqui.

Saga: A Torre Negra, de Stephen King

Deixei o melhor para o final.
A melhor saga literária que já li é "A Torre Negra", escrita por Stephen King em um período que durou 23 anos e é composta de oito livros.
São sete livros que contam a trajetória do protagonista Roland Deschain, meu amor imaginário por excelência. Ele é o último dos pistoleiros em um mundo pós-apocalíptico, mundo este que mistura elementos de faroeste com fantasia, ficção-científica e distopia. (Como não amar?). Com aproximadamente 340 anos de idade, Roland busca desvendar o mistério da Torre Negra e descobrir quem é o Rei Rubro, governante desse mundo.
Ao longo dos sete livros, Roland passa por diversos vilarejos, enfrenta uma série infindável de situações e problemas, tenta salvar uma série de personagens e mata o dobro deles - às vezes sem querer, às vezes de propósito. Ao longo do seu percurso, ele encontra três personagens que ficarão com ele até o fim, nesta busca pela Torre Negra: Jake Chambers (um garotinho) e seu cachorro Oi, Eddie Dean (um ex-drogado que cai por acaso no mundo de Roland) e Susan.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

Você já leu algum destes livros? Quais são seu preferidos? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber.

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