Já Li #196 - Volume 1: Vilão, de V. E. Schwab

 

Na resenha de hoje, falarei sobre o primeiro volume da trilogia Vilão, de V. E. Schwab. A leitura de Schwab costuma ser fácil e descomprometida, e é ótima para quando queremos ler uma fantasia interessante e despretensiosa.

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Victor e Eli começaram como colegas de quarto na faculdade — garotos brilhantes, arrogantes e solitários que reconheciam um no outro a mesma perspicácia e ambição. No último ano, um interesse comum de pesquisa em adrenalina, experiências de quase morte e eventos aparentemente sobrenaturais revela uma possibilidade intrigante: que, nas condições certas, alguém possa desenvolver habilidades extraordinárias.

Dez anos depois, Victor foge da prisão, determinado a alcançar seu velho amigo (agora inimigo), auxiliado por uma jovem cuja natureza reservada obscurece uma habilidade impressionante. Enquanto isso, Eli tem a missão de erradicar todas as outras pessoas superpoderosas que puder encontrar - além de sua companheira, uma mulher enigmática com uma vontade inquebrável. Armados com um poder terrível de ambos os lados, movidos pela memória da traição e da perda, os arquiinimigos traçaram um caminho para a vingança.

É tudo sobre as ambições, as traições e os ciúmes de pessoas que são inteligentes demais para o seu próprio bem. Pessoas que trabalham juntas para obter o poder, mas cuja amizade é destruída por esse mesmo poder. Todos os personagens - incluindo o protagonista - têm lados sombrios escondidos sob seus exteriores calmos e controlados, o que para mim é o ponto alto da leitura. A divisão bem x mal não existe aqui, e eu adorei essa escolha de Schwab.

A história está dividida entre o presente e dez anos atrás. O presente conta a história de Victor, um condenado fugitivo, que está determinado a encontrar seu velho amigo que virou inimigo e realizar a vingança que arde dentro dele. Voltemos para dez anos atrás e Victor é um jovem estudante universitário brilhante que é praticamente inseparável de seu melhor amigo - Eli. Quando Eli propõe um plano para descobrir se existem EOs (Extraordinários), ele e Victor tornam-se parceiros num esquema que os levará ao inferno e de volta e talvez, apenas talvez, lhes conceda habilidades sobrenaturais. Gostei muito  do relacionamento complexo que existe entre eles, que oscila entre a admiração e o ciúme amargo, e como isso se desenvolvia à medida que cresciam e se tornavam mais obcecados pelo poder e por sua própria visão do certo e do errado.
Também gostei do tom que Schwab deu a Eli, que acredita ser um enviado de Deus, devido ao seu poder de ser imortal. 

O único elemento que não gostei muito foi como Schwab concebeu a transformação das pessoas em Extraordinários. Basicamente, a pessoa tem que passar por uma experiência de quase-morte e, quando ela retorna à vida, ela adquire o poder do que quer que estivesse sentindo naquele momento de desespero. As formas como Victor e Eli tentam quase-morrer na época da faculdade soaram meio bobas, às vezes até ridículas, e a explicação científica por trás dessa transformação também me pareceu forçada. 
Por outro lado, gostei que o tom da história é muito mais "Frankenstein, de Marry Shelley" do que Marvel. Essa atmosfera mais sombria, de suspense, me ganhou bastante.

De forma geral, gostei bastante da leitura e com certeza lerei o próximo volume.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 3/5

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