Já Li #122 - A saga do bruxo Geralt de Rívia, Vol. 2: A Espada do Destino, de Andrzej Sapkowski



Seguindo meu objetivo de ler a saga do bruxo Geralt de Rívia, escrita por Andrzej Sapkowski, a resenha de hoje é sobre o segundo volume dela, entitulado "A Espada do Destino"

Se você chegou neste post, vou partir do princípio que já está familiarizado com esta saga e com as premissas dela. Caso você ainda não conheça a obra de Andrzej Sapkowski, recomendo começar por este post: Já Li #112 - A saga do bruxo Geralt de Rívia, Vol. 1: O Último Desejo, de Andrzej Sapkowski

Em "A Espada do Destino", encontramos mais uma coletânea de contos com fragmentos importantes da vida de Geralt, em um formato similar ao primeiro volume da saga. Embora seja possível começar a série com "O Sangue dos Elfos", o primeiro romance, estes dois primeiros livros acrescentam uma profundidade considerável ao arcos narrativos futuros e enriquecem bastante a narrativa, sobretudo dá uma visão melhor dos relacionamentos de Geralt.

Em "O Último Desejo", Sapkowski apresentou histórias isoladas, onde Geralt enfrentava monstros por um pagamento fixo e, além de alguns breves interlúdios, não havia personagens recorrentes nem uma noção de continuidade entre os contos. Para "A Espada do Destino", Sapkowski apresenta um punhado de personagens principais da série - o Bardo, Yennefer e Ciri - que se tornam mais detalhados à medida que os contos aparecem. E acho que este é o grande trunfo do segundo volume da saga, pois as pontas começam a se amarrar e trazer sentido a um todo que, até então, ainda estava confuso e nebuloso.

Não vou entrar muito nos detalhes dos contos, pois pode ser que algum spoiler acabe passando., mas posso dizer que os contos apresentam muitas criaturas fantásticas, além de sereias e guerreiros subaquáticos, confrontos com feiticeiros, um grupo que tenta rastrear um doppleganger e também a caça a um dragão dourado. Alguns destes enfrentamentos foram aproveitados no roteiro da série "The Witcher" do Netflix.

No último conto do livro, precisei resgatar meu interesse na narrativa que quase foi perdido. A narrativa segue duas timelines diferentes onde, em uma delas, Geralt está em um estado febril e não fala coisa com coisa. Achei que a escrita de Sapkowski ficou meio confusa em alguns trechos e isso me distanciou na história que estava sendo contada ali. Mas resisti e terminei a leitura, e estou feliz por isso. O final é altamente satisfatório e deixa um ótimo gancho para o que vem a seguir na saga.

De forma geral, quando terminei a leitura, senti curiosidade pelo que vem a seguir. Não fiquei particularmente entusiasmada com a saga nem ansiosa por terminá-la - estou lendo outras sete séries e Sapkoswki não me fez ter vontade de colocar a dele como prioridade - mas quero saber no que vai dar. Ainda não gosto de Geralt nem de Yeneffer (muito menos de Ciri), porém, acho que existe um potencial ali que pode (ou não) ser explorado a contento pelo autor. Vou seguir adiante e ler o próximo livro e, então, decido se continuo a leitura até o fim da série.

Avaliação do Perplexidade e Silêncio: 

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