Como escrevo um livro #9: O universo fantástico de Almagesto - Como Chegar às Estrelas
Este post é dedicado a explicar rapidamente os principais conceitos do meu novo livro “Almagesto - Como Chegar às Estrelas”, sem spoilers. Depois de falar sobre as personagens do livro, é hora de contextualizá-las.
Caso você tenha perdido as personagens do livro, clique aqui. Elas valem seu clique, acredite!O Almagesto, o que é
Toda a idéia deste universo fantástico começou com o Almagesto, um livro de astronomia e matemática escrito pelo grego Ptolomeu há mais de 1200 anos. O livro foi o primeiro trabalho publicado sobre a categorização das constelações e sobre explicações matemáticas sobre os fenômenos do Universo. Naquela época, ainda acreditava-se que a Terra estava no centro e o Sol e os demais planetas giravam ao redor dela. Ao longo dos treze volumes do Almagesto, Ptolomeu postula sobre os corpos celestiais, trigonometria, os planetas, um catálogo de 1022 estrelas, entre outros assuntos.
Em “Almagesto - Como Chegar às Estrelas”, este livro ganhou o posto de objeto mágico, funcionando como um portal entre mundos. No caso da estória, será os portais entre a Academia e a Universidade Venetia Burney.
Meu namorado, o fotógrafo Diogo Costta, criou uma série maravilhosa com o tema e a foto de abertura deste post é dele. Confira todas as fotos incríveis aqui.
A Academia, os Construtores e os Pensadores
Desde o começo, quis escrever uma estória que possuísse seu próprio sistema mágico. Para isso, criei duas figuras míticas (não-humanas): os Construtores e os Pensadores.
Os Construtores são responsáveis por construir as constelações e os planetas do Universo. Eles fazem as medições, alinhamentos e configurações necessárias para que cada elemento celestial esteja adequado. Quando mais complexa for a construção, mais qualificado o Construtor precisa ser e, consequentemente, mais pontas tem a estrela de sua insígnia. Eles são organizados, dinâmicos, resistentes, obedientes e comunicativos.
Os Pensadores são responsáveis por planejar e ordenar quais são as constelações e planetas que devem ser construídos ou destruídos. Eles, por sua vez, seguem ordens dos Invisíveis, Três Deuses Supremos que aparecem em sonhos dizendo o que deve ser feito no Universo. Os Pensadores são metódicos, calados, submissos e solitários.
Todos vivem na Academia, uma instituição suspensa no Universo e responsável por toda a regulação do mesmo. Construtores e Pensadores não podem relacionar-se, e há uma certa divisão de castas. Sabemos que todos são constituídos a partir da poeira das estrelas e, por isso, não há a estrutura de famílias ou de relacionamentos.
A Academia tem um centro de comando, o Conselho dos Sábios. Eles devem ser, necessariamente, Pensadores, pois Pensadores são vistos como superiores aos Construtores por possuírem contato com os Invisíveis. São os Sábios que determinam as leis e regras vigentes na Academia, desde as condições de trabalho dos Construtores até as normas de conduta.
Universidade Venetia Burney
É na fictícia Universidade Venetia Burney que a Terra aparece na estória, através das figuras de uma estudante e de uma professora de Astrofísica. Desde o começo, quis que a minha estória se passasse em um ambiente acadêmico e científico, com protagonistas mulheres inteligentes e revolucionárias. Me inspirei nas universidades londrinas e recriei um ambiente universitário bem próximo de nossa realidade.
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