7/12 - Uma carta de revolução
A quem possa interessar,
Decidi não aceitar algumas formas de opressão, um tanto sutis, que andavam roubando a alegria do meu coração. Algumas eram tão silenciosas que passariam despercebidas, senão fossem essas pontadas me avisando que havia algo errado por aqui.
Se um exército tem armas e uma multidão tem o grito, eu uso o que tenho de melhor como munição: a palavra. Ela não machuca (às vezes), não corta, mas pode atear fogo, causar distúrbio da ordem, me fazer ser banida. Ótimo.
Minha bandeira é meu papel escrito e, nele, faço meu manifesto:
1) Não aceito nem permito que me digam o que eu deveria ser.
2) Não acredito em estereótipos e não serei um.
3) Me comprometo em mostrar que eles existem a vocês todos que estiverem vivendo sob uma versão de mentirinha, para dar a liberdade às pessoas de recusá-los.
4) Não aceito dependência - de homem, de status, de comida, de beleza.
5) Muito menos me incomodo se não sou o que as pessoas gostariam que eu fosse.
Vou carregando meu estandarte por aí e não ficarei triste se for uma revolução solitária.
Mas, se você gostou da causa, pode chegar mais perto. Posso ser delicada e te preparar um café. Podemos conversar e discutir o que fazer e por onde mais espalhar as palavras. Não sou de guerra - gosto de sossego - mas não pise no meu calo.
Não tenho medo de dar meu recado.
Se quiser fazer parte, é só dizer.
O café está quentinho.
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