O livro ou o filme? | O Poderoso Chefão, de Mario Puzo


Este post também faz parte do Rory Gilmore Book Challenge.

O post de hoje, mais uma vez, foi escrito pela minha gêmea Deborah Mundin. Ela está fazendo comigo o Rory Gilmore Book Challenge e logo de cara escolheu falar sobre O Poderoso Chefão de Mario Puzo. Por aqui, ela já sugeriu 5 mangás e animes incríveis e também escreveu sobre a obra 1984, de George Orwell.


Um pouco sobre ela: Cinéfila, otaku old school, adora séries, livros e HQs, nerd de nascimento e criação, adora dias laranjas e em momento de inspiração plena escreve textos no blog http://constantinconstante.blogspot.com/


O Poderoso Chefão foi publicado em 1969 (a edição em português foi lançada apenas em 1980) e retrata a vida de uma família de mafiosos, que vivem nos Estados Unidos, liderada pelo siciliano Vito Andolini, mais conhecido por Don Vito Corleone. 

O livro conta a guerra entre as famílias da máfia de Nova York. Nesta guerra, o protagonista Don Corleone é baleado e seus dois filhos, Santino e Michael, precisam comandar os negócios da família. Aos poucos, Michael ganha poder e ascensão dentro da máfia, tornando-se cada vez mais cruel e violento.

A vida de Don Corleone é contada desde sua infância na Itália, depois retrata sua juventude pobre já nos Estados Unidos, até chegar na sua velhice - já como o grande Don. Porém, o foco exclusivo não é apenas no Don, afinal, é uma história de uma família da máfia, e assim também acompanhamos a vida de seus filhos e apadrinhados. 

Apesar de ser um livro violento, a forma como Puzo desenrola a história, apresentando os personagens de forma íntima, torna o leitor não apenas um espectador, mas sim parte daquela família. É uma história romantizada da máfia e há um glamour (e até mesmo um sentimento de honra) que torna os atos quase justificáveis. É, sem dúvida, uma história envolvente, muito bem escrita, usando muito bem flashforwards para surpreender o leitor, e merece toda a fama. 

O filme não é diferente. 
Dirigido por Francis Ford Copolla, esta obra-prima de 1972 é considerada um clássico do cinema e está em quase todas as listas de "melhores filmes". Ganhou 1 Bafta, 5 Globos de Ouro e foi indicado para 10 categorias no Oscar, levando 3 estatuetas pra casa, sendo: Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado. A Academia não exagerou e, realmente, a adaptação do livro para o filme ficou bem fiel, com pequenas alterações que servem apenas para funcionar melhor no ritmo do cinema. O filme ganhou 2 continuações, uma em 1974 e outra em 1990, que não possuem o mesmo brilhantismo do primeiro, mas mesmo assim continuam sendo muito bons. 

Marlon Brando que não interpreta Don Corleone - ele É o Don Corleone. Uma atuação primorosa, perpetuando-o como um ícone no cinema. 

O livro ou o filme? Empate! Não tem como escolher um melhor. O filme, que é cultuado até hoje, não pode ganhar o crédito apenas pelas atuações e direção, pois há também o grande mérito do roteiro ser estruturado em uma boa história com ótimas personagens. Se possível, consuma as duas mídias. Leia o livro e depois veja o filme, ou melhor, os filmes.  

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