Sugestão de Leitura | O Diário de Anne Frank



Anne Frank e sua família ficaram escondidos em um porão durante a Segunda Guerra Mundial, durante dois anos - Anne tinha treze anos, quando tudo começou, e quinze anos, quando morreu após a família ser descoberta. Mesmo antes da Guerra, Anne já escrevia um diário, hábito que carregou consigo para o esconderijo (chamado de Anexo Secreto). Enquanto estava viva, Anne planejara levar seu diário a público quando a Guerra acabasse, pois tinha a intenção de que todos soubessem o que ela e a família haviam passado naquele período. Manteve um registro organizado de tudo o que acontecia naquele pequeno mundo em que vivia, mas sua morte prematura a impediu de continuar com o plano. Seu pai, que sobreviveu, resolveu publicar seu diário: Anne escreveu de 12/06/1942 a 01/08/1944 e seu diário foi publicado em 1947, em uma versão editada que escondia brigas familiares e o nascer da puberdade/sexualidade dela. 
O pai de Anne faleceu em 1980 e foi então que o manuscrito completo foi publicado.

Por que escolhi este livro?

Tenho uma relação muito íntima com O Diário de Anne Frank. Primeiro, foi um livro que minha avó me indicou quando eu tinha mais ou menos a idade de Anne e, consequentemente, foi um dos primeiros livros que li; ela me deu de presente e tenho ele até hoje - guardo com muito carinho. Segundo, apesar de Anne viver muito de perto a Segunda Guerra Mundial (coisa que eu, na minha adolescência sem grandes complicações "políticas", nunca conseguiria apreender inteiramente), ela tinha as mesmas preocupações, os mesmos problemas e as mesmas melancolias que eu, na época - e até hoje, na verdade. Lembro que ler seu diário me trazia um conforto esquisito, pensando que talvez eu não fosse tão esquisita assim, afinal de contas. Era como ela fosse minha amiga e escrevesse para mim. 
Em meio a descrições da rotina no Anexo Secreto e compreensões pela metade da guerra que estava acontecendo do lado de fora, Anne faz lindas e poéticas reflexões sobre si mesma e sobre seu espaço naquela família e, nestes momentos, ela é só uma menina comum, com dúvidas e tristezas que qualquer um de nós já teve em algum momento.




Ler O Diário de Anne Frank faz repensarmos muito sobre nós mesmos. 

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