Sugestão de Leitura | O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman


Neil Gaiman é um escritor tão presente na minha estrutura de pensamento, vamos dizer assim, que acho estranho falar sobre ele como uma entidade externa a mim. Ele sempre foi como um grande amigo, que organiza em histórias e imagens as minhas fantasias de criança. Neil Gaiman escreve histórias infantis sem ser debilóide, livros de magia sem ser babaca, contos-de-fada sem ser clichê. Ele constrói personagens de pouca idade, mas que possuem grande imaginação e atitude, com traços de personalidade bem definidos e com muita coragem. Aliás, as personagens dele são exatamente como eu me via em meus enredos de criança, quando construía meus mundinhos e me imaginava a Rainha deles (e sim, faço isso até hoje, depois de adulta). Ele escreveu Sandman (HQ que terá seu espaço aqui no Sugestão de Leitura em breve), Os Livros de Magia (HQ que também será mencionado logo logo), Stardust, Coraline, Coisas Frágeis e tantas outras obras que me encantam como a criança-grande que sempre serei. De HQs à narrativas, Neil Gaiman é Rei.


Por que escolhi este livro?


O Oceano no Fim do Caminho é um livro, não uma HQ, de 2013. Trata-se da estória de um homem (cujo nome nunca é mencionado e essa informação não faz absolutamente falta nenhuma) que retorna ao local onde morava quando criança, na expectativa de reencontrar sua melhor amiga de infância e reviver as memórias daquela época. A estória, então, se volta para quando ele tinha sete anos de idade e as experiências que teve ao lado dela, em Hempstock. 
A narrativa tem bruxas, monstros, aventura e fantasia e poderia facilmente ser transformado em filme, a exemplo de Coraline. O ponto principal do livro é: o leitor não sabe se as memórias deste homem são fantasiosas ou reais, se são produto de sua mente infantil ou se, de fato, aconteceram. Afinal, nos mundos criados por Neil Gaiman, todo surrealismo e magia são tão possíveis e reais quanto eu ou você. 






Recomendo incansavelmente conhecer o mundo de Neil Gaiman, para abrir aqueles cantinhos da nossa mente que foram ficando adultos e sérios demais com o tempo.

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