Especial 9 Anos do Perplexidade e Silêncio | 5 coisas que aprendi sendo escritora independente

 




Esse mês estamos comemorando nove anos de Perplexidade e Silêncio, uhul! São quase 700 posts ao longo desse tempo, incontáveis livros e autores passaram por aqui, mas eu falo pouco sobre a minha própria jornada como escritora independente. Por isso, hoje vou trazer as principais coisas que aprendi nos últimos nove anos e, quem sabe, você vai se inspirar a escrever suas próprias histórias.

Antes de mais nada, se você quiser dar uma olhada nos meus livros, eles estão disponíveis aqui e podem ser comprados aqui. E caso você queira dicas mais técnicas de como escrever seu livro, confira meu curso gratuito na Udemy.

1. Gramática e Ortografia são requisitos indispensáveis
Por causa do meu curso e das minha vontade de ler outros autores independentes, muitas obras caem nas minhas mãos para revisão (o que eu adoro, aliás). Vejo que muitas pessoas se preocupam com a história no sentido criativo, mas poucos se preocupam com uma coisa muito simples, tão simples que chega a ser fundamental: estudar Gramática. Você pode ter a melhor idéia do mundo nas mãos mas, se você cometer erros de gramática e ortografia, então você não está pronto(a) para ser um(a) escritor(a). Essas duas coisas são o alicerce de tudo e serão elas que vão dar credibilidade e profissionalismo ao que quer que você ponha no papel.

2. Escrever não é um trabalho mágico de imaginação e inspiração
Muitas pessoas tem o estereótipo de que o(a) escritor(a) tem arroubos de inspiração, que ele(a), um dia, resolve sentar na frente do computador e as palavras jorram no documento Word. Acreditem, seria ótimo se fosse assim, mas a realidade é bem diferente. Eu falo um pouco disso no meu curso na Udemy mas, em linhas gerais, escrever um livro exige muito planejamento, organização, edição e revisão, e nenhuma boa idéia sobrevive sem esses elementos.

3. Se você não se levar a sério, ninguém vai OU
3.1 Você não precisa ganhar dinheiro com seus livros para ser um escritor
Durante muitos anos, eu atrelava a minha identidade de escritora a ser publicada por uma editora. E aí, quando isso não acontecia, eu ficava tão frustrada que duvidada todo o resto das minhas decisões. Depois percebi que algo tão importante assim para mim jamais poderia ficar nas mãos de outra pessoa, que essa validação externa não deveria me impedir de viver o meu sonho. E essa conclusão foi uma das coisas mais libertadoras que já aconteceram na minha vida.

4. Ajuda é necessária
Ser uma escritora independente não significa que estou sozinha. Significa que eu preciso ter consciência das minhas deficiências e buscar pessoas que possam me ajudar com elas. Hoje, eu busco ajuda com leitores-beta, diagramadores e ilustradores para capa, conteúdo digital e marca página. Alguns destes serviços são pagos, outros encontrei pessoas generosas que me ajudaram, mas podemos compensar estes custos depois na venda dos livros. E, de novo: exige planejamento e organização.

5. Como publicar os livros
Bom, para ser sincera, mais de dez anos depois, eu ainda estou aprendendo essa parte. O que eu faço normalmente é:
1) Eu planejo publicar um livro a cada dois anos, mais ou menos. E, a essa altura, eu tenho uma noção de custos, porque meus livros tem sempre mais ou menos o número de páginas e eu sempre peço na mesma gráfica. Eu não encomendo muitos exemplares porque não gosto da pressão de vender 500 livros, prefiro ir aos poucos. E aí eu vou guardando dinheiro para mandar os livros para a gráfica.
2) Em paralelo, gosto de fazer eventos de lançamento dos livros, o que está conectado com o ponto 3 deste post. Planejamos decoração, brindes, lugar, convites e todos os detalhes de um evento (o que é, ao mesmo tempo, divertido e estressante).
3) Eu tenho minha própria loja na minestore para venda dos livros físicos (normalmente os exemplares que "sobram" dos eventos) e publico digitalmente na Amazon.

E, acho que o mais importante de tudo, é jamais esquecer os motivos pelos quais comecei isso tudo. Eu não me distancio da minha identidade e do que realmente quero escrever - não importa o que esteja na moda, eu escrevo os livros que eu gostaria de ler. E é isso que me mantém apaixonada, inspirada e disposta a passar por todos os desafios de ser uma escritora independente.

Se você quer ler mais sobre o tema, veja este outro post que escrevi há alguns anos:

Há algo mais que vocês gostariam de saber que poderia virar um próximo post? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!

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