Se você chegou por aqui agora, eu explico: estamos participando do Rory Gilmore Book Challenge, que consiste em ler os 340 livros que a fofa Rory menciona no seriado Gilmore Girls. Para saber quais livros do desafio o Perplexidade e Silêncio já leu, clique aqui (alguns posts são feitos para outras sessões do blog, mas fazem parte da lista de livros da Rory).
Neste post, resolvi consolidar três livros infantis que fazem parte deste desafio. Para minha felicidade, existem vários livros do gênero e contos-de-fada na lista da Rory.
O Mágico de Oz, de Frank L. Baum
Gosto do Frank L. Baum porque ele é taurino, como eu. E também porque a estória de "O Mágico de Oz" é fascinante. Hoje, seu livro é de domínio público, então podemos encontrá-lo facilmente em PDF pela internet para download.
Este livro é o primeiro de uma série de quatorze volumes que relatam as aventuras na Terra de Oz. Nele, a personagem central é Dorothy, que é levada por um tornado de Kansas à Terra de Oz, ou o País das Fadas. Quando ela e seu cachorrinho Totó pousam em Oz, ela mata a Bruxa Malvada do Leste e é aclamada como heroína pelas criaturas que a bruxa escravizava.
Ela pede, em retribuição, que as criaturas ajudem-na a voltar para o Kansas e, então, ela é orientada a seguir a Estrada de Tijolos Amarelos até a Cidade das Esmeraldas e, lá, pedir ajuda ao Mágico de Oz. Daí em diante, ela conhece as personagens clássicas: o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde.
É uma estória muito interessante pois, nela, ninguém é o que parece ser, e todos escondem uma identidade (ou uma essência) que nem as próprias personagens sabe que possuem. É um conto-de-fadas americanizado e mais moderno, com reflexões muito úteis mesmo atualmente.
A Pequena Vendedora de Fósforos, de Hans Christian Andersen
Andersen é figura super presente aqui no blog. Ele apareceu quando falei sobre a Dinamarca e quando contei a estória original de A Pequena Sereia.
O conto narra a estória de uma garotinha que tenta vender fósforos em meio ao frio congelante do inverno russo. Ela não consegue vendê-los e sofre de frio e de fome. Mesmo assim, ela não perde a esperança de que conseguirá superar esta crise. É um conto bastante triste e lembro de ter chorado quando o li a primeira vez.
O conto aborda miséria, abandono, indiferença, exclusão e morte - e sim, é um conto infantil e não tem um final feliz. São temas abordados de um jeito delicado e poético por Andersen, que costumava incluir, em seus contos-de-fada, problemas sociais.
Vale a pena ler. Ele é curtinho e também pode ser encontrado na internet com facilidade.
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll
Acredito que todos conheçam a estória de Alice, mas talvez muitos conheçam apenas a versão da animação da Disney ou os filmes mais recentes sobre ela.
Lewis Carroll se inspirou na irmã de um dos seus melhores amigos, que se chamava Alice, para escrever um poema, "Alice Através do Espelho". Neste poema, ele escondeu várias pistas sobre a tal irmã, bem como soletrava seu nome completo com a primeira letra de cada frase do poema. Anos depois, Lewis completou a estória, transformando-a num livro, o "Alice no País das Maravilhas".
Pessoalmente, eu não gosto dele. A forma como Lewis escreve não me atraiu e eu quase desisti da leitura diversas vezes. Além disso, no meio do livro há muitas canções e poemas, bastante chatos e confusos. Embora normalmente eu não goste da versão da Disney para os contos-de-fada, neste caso em particular, prefiro aquela animação lá de 1951.
Rory Gilmore nos mostra um ponto importante com estas indicações de leitura: não é porque um livro é infantil que ele é bobo ou sem significado. Portanto, não vamos menosprezar o gênero.
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