O livro ou o filme? | Eu, Robô de Isaac Asimov

Um bom livro de ficção-científica é o suficiente para deixar meu dia melhor. Um bom filme do gênero também. Por isso, depois que assisti Eu, Robô decidi que leria o livro e, aqui, está minha opinião sobre eles.
A leitura da obra de Isaac Asimov fluiu muito bem, tanto que terminei o livro em três ou quatro dias. O livro foi escrito entre os anos de 1940 e 1950 e Asimov imaginou que, por volta dos anos 1990 a 2000, o mundo já teria sido dominado pela presença de robôs e os seres humanos já estariam vivendo em outros planetas, além da Terra. Tais robôs possuem cérebros e emoções e, por isso, estão sujeitos a certas leis (As Três Leis da Robótica), leis estas que visam reafirmar a segurança dos humanos frente esta inteligência dos robôs.

O livro é composto por nove contos e todos eles estão interligados pela figura da Dra. Susan Calvin, uma psicóloga de robôs. Diante de sua aposentadoria iminente, ela dá uma série de entrevistas a um repórter e, nelas, relata acontecimentos que mostram a evolução dos robôs ao longo dos anos, e como eles tornaram-se cada vez mais imprevisíveis, pensantes e, consequentemente, perigosos aos humanos.

As mesmas personagens vem e vão ao longo dos nove contos e os dilemas éticos e tecnológicos envolvendo os robôs vão ficando cada vez mais complicados, culminando com o excelente conto chamado "Evidência", onde os limites entre humanos e robôs não são mais percebidos.
Em 2004, a obra de Asimov foi adaptada para o cinema, com Will Smith no papel principal. Para fazer o filme, o diretor Alex Proyas e o roteirista Akiva Goldsman optaram por criar uma nova estória, baseada nas Três Leis da Robótica e nos dilemas apresentados nos contos de Asimov. Esta escolha foi acertada, pois os contos da obra original são curtos e não possuem o formato adequado para tornarem-se uma narrativa de 2h de duração. 
No filme, o Dr. Alfred Lanning (uma das principais personagens dos contos do livro) é assassinado por um robô e Del Spooner (Will Smith) precisa desvendar o que aconteceu.
A Dra. Susan Calvin (interpretada por Bridget Moynahan) aparece no filme, porém, bastante diferente do livro. Neste último, ela é uma senhora geniosa, independente, segura de si e muito fria e racional - ou seja: amei ela. No filme, a Dra. Calvin surge jovem, romântica e, na falta de definição melhor, sonsa. 

O livro ou filme? Pela segunda vez desde que as "batalhas" entre livro e começaram, não consegui escolher um ou outro. Ambos são bons. 

Explico: os responsáveis pela adaptação do livro de Asimov fizeram um ótimo trabalho. Eles respeitaram todas as premissas que Asimov colocou em sua ficção-científica e transcreveram para a tela os efeitos especiais e aventuras que Asimov imaginou. E seria impossível não gostar do livro também, pois Asimov é um mestre por excelência da literatura scifi, criando as bases para tudo o que veio depois. Assim, achei justo que os dois ficassem empatados! (:

9 Comments

  1. Eu adoro esse filme e por isso fui atrás de ler o livro. Porém só quando o comprei que fiquei sabendo que o filme na verdade é baseado em outro livro do Asimov, a trilogia que começa com As Cavernas de Aço, apesar de ser o mesmo universo desse livro de contos, então também possui elementos dele. Mas aí só adicionei mais livros na lista hahaha
    Eu adorei o livro, o que achei mais incrível foi o Asimov sempre colocar em cheque as próprias leis "perfeitas". Sem contar que ele escreve scifi de forma "acessível"; não passa páginas em milhões de explicações e termos técnicos que só quem é da área entende.
    Eu acho o livro e o filme tão diferentes e gosto tanto dos dois, também não consigo escolher um só.

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    1. Sério que tem esta outra série?! OMG, não me perdoarei por não conhecê-la! Vou atrás dela já! Obrigadíssima pela dica!
      E você tem toda a razão, ele descomplica a ficção-científica e isso é importantíssimo. Tem autores que tem idéias maravilhosas, mas não sabem transmitir elas direito para o papel. Concordo completamente!

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  2. Oi, Ruh!

    Eu já assisti esse filme umas 300 vezes, porque era um dos preferidos do meu pai hehe. Eu sabia ~bem vagamente~ que tinha um livro, mas como sci-fi nunca foi um gênero próximo de mim, nunca fui atrás da obra. Provavelmente eu fosse gostar, porque achei o formato muito diferente e gostaria bastante de ler e achar todas as pontas da histórias que se interligam entre os contos. Gosto muito desse tipo de desafio. Eu gosto do filme, mas não sei dizer se ele é bom ou ruim - porque não sei, exatamente, a que comparar. Fico feliz que existam adaptações cinematográficas boas o suficiente para se equipararem à história original :)

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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    1. Também não consigo imaginar você mergulhada no universo scifi, hehehe! Mas às vezes é porque não achou um livro certo, sabe, porque acho possível gostarmos de qualquer gênero literário, basta achar o livro certo.

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  3. Oi Ruh!
    São raras as vezes em que filme e livro são igualmente bons, né? Eu assisti o filme há muito tempo, então já não lembro muito bem, mas o material do Asimov é riquíssimo. Acho até que esses contos são melhores que os romances da Série dos Robôs.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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    1. Eu ainda não li a Série dos Robôs e me envergonho disso! rs Preciso ler também, porque o Asimov é muito bom.

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  4. Eu já havia visto falar do livro, mas não imaginava que ele fosse tão antigo! (Imagine uma cara de espanto, aqui.) Enfim, tenho muito interesse em o ler, gosto muito de livros de ficção cientifica e acho que esse em especial seria uma ótima escolha.

    Abraços,

    Blog Decidindo-se \o/

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  5. Não gosto muito de nada que tenha robôs, mas admito que esta me pareceu uma opção legal, acho que porque é formada por contos... :)

    http://somaisumapaginamae.blogspot.com.br/

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