Top 5 | Cinco escritoras que você precisa conhecer, parte 6

 

Para o post de hoje, separei mais cinco escritoras e recomendações de leitura para você conhecer, agora completando uma lista com trinta nomes femininos super poderosos da literatura.

Se você quiser dar uma olhadinha nas outras escritoras sugeridas, navegue pelos links abaixo:

Toni Morrison
Toni Morrison, falecida em 2019, é um dos grandes nomes da literatura negra mundial. Desde o seu primeiro livro, publicado em 1970, ela conseguiu grande projeção com sua literatura por abordar temas como racismo, luta de classes, violência contra as mulheres e escravidão, e muito dessa projeção aconteceu por causa do seu estilo de escrita. Toni escreve muito bem - muito. A escolha das palavras, a construção das frases, o jeito como ela descreve emoções, seus personagens, o ritmo da narrativa - tudo isso contribuiu muito para a sua credibilidade ao longo dos anos.
Aqui no Perplexidade e Silêncio, resenhei "O Olho Mais Azul", esse seu primeiro livro que mencionei acima. A protagonista é Pecola Breedlove, uma menina que foi engravidada pelo próprio pai e que ficou sem família depois que ele incendiou sua casa. Ela é abrigada pela família de Cláudia e Frieda, duas meninas da mesma idade de Pecola cujos pais tentam entender o que Pecola está passando, enquanto lutam para não morrer de miséria.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

Alice Munro

Alice, canadense, é uma escritora referência quando se trata de contos. Seu estilo narrativo é considerado diferente porque ela consegue, dentro de uma história curta, ir e voltar no tempo ao longo do enredo, de forma que o conto fique mais profundo e detalhado que o esperado.
Outra característica de Alice são seus narradores oniscientes, ou seja, que sabem tudo o que todos os personagens fazem/sentem e prevê quais serão os conflitos entre eles. Ela costuma escrever sobre relacionamentos interpessoais, sobretudo famílias disfuncionais (e qual família não é? Taí uma coisa que me pergunto.)
Aqui no blog, falei sobre "Vida Querida", que ela diz ser seu último livro (ela está atualmente com 86 anos de idade). São 14 contos publicados ao longo dos anos no The New York Times. Por isso, é possível perceber que o tema central que conecta todos os contos é despedida. Separei meus três preferidos em uma resenha que você pode ler aqui.


Caitlin Moran
Caitlin Moran é uma dessas pessoas famosas que você tem vontade de virar amiga. Ela é a filha mais velha de oito irmãos, seu pai era bateirista de uma banda de punk rock, ela descreve sua experiência familiar como "pior que Jogos Vorazes", foi educada pelo Conselho do bairro que tinha dó da "enorme família de hippies" e começou sua carreira de jornalista entrevistando bandas grunge dos anos 90. Uau. Toma aqui meu Whatsapp, Caitlin.
No Perplexidade e Silêncio, a conheci quando fiz o desafio "12 Grandes Livros com Grandes Mulheres" e falei sobre "Do que é feita uma garota?". Johanna Morgan, uma adolescente de 14 anos, é a protagonista do livro, que já começa com uma cena (muito bem escrita) de masturbação. Johanna tem o mesmo background de Caitlin e, um dia, decide arrumar um emprego para ajudar a família. Ela começa trocando de nome e, aos poucos, vai se descobrindo e quebrando paradigmas. Eu amei esse livro e você pode ver a resenha completa aqui.

Lauren Groff
Conheci Lauren através do Guia de Leitura de Elena Ferrante. Ferrante pode recomendar o que ela quiser que eu saio correndo para ver do que se trata, rainha que é.
Lauren Groff é uma jovem escritora que atualmente vive em Nova York com seu marido e dois filhos.
Aqui no blog, resenhei "Destinos e Fúrias". Neste livro, a autora propõe uma visão narrativa diferente. Na parte chamada "Destinos", o romance de Lotto e Mathilde é vista de fora: um casal jovem, na casa dos 20 anos, vibrante, apaixonado e com um futuro brilhante pela frente, que causa inveja em todos ao seu redor. Em "Fúrias", o leitor se aproxima da realidade deste romance, vendo-o por dentro e vivenciando-o com as dores, amarguras e inseguranças dos personagens. Além disso, a primeira parte é narrada de forma linear e "perfeitinha", enquanto a segunda parte é mais caótica, confusa e sobreposta em seus eventos principais, refletindo como as personagem experimentam o romance.
Para ler a resenha completa, clique aqui.

Delia Owens
Acho que a coisa mais legal sobre Delia é que ela é zoologista e pós-doutorada em Comportamento Animal. Ela começou escrevendo livros sobre observação de animais selvagens na África com seu marido, Mark Owens. Eles viveram por vinte anos na África, quando seu marido foi acusado de matar um animal ilegalmente e eles retornaram para os Estados Unidos, se divorciando logo depois. Ela tem uma fundação para preservação da vida animal na Georgia.
"Um Lugar Bem Longe Daqui" acompanha a vida de Kya, uma menina que é abandonada por toda a família em um barracão no brejo e que, dia após dia, precisa aprender formas de sobreviver à fome, à miséria e à solidão. A narrativa acompanha o crescimento de Kya: no começo do livro ela tem seis anos de idade e, lá pela metade dele, está com dezenove. Ela vive completamente sozinha no meio do pântano e é seu relacionamento com a natureza do lugar que a afasta da depressão e do suicídio. É um livro triste, porém, muito bem escrito e super recomendo. A resenha dele está aqui.

Você tem alguma escritora para me recomendar, que ainda não foi mencionada nas listas anteriores? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber!

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