Top 5 | Cinco livros que não gostei, parte 3

 


Se você não tem muito tempo disponível para ler e quer fugir dos livros que não valem a pena, dê uma olhadinha na parte três da lista de livros que não recomendo (você vai me agradecer depois).

Também não deixe de conferir os outros dez livros que não gostei, nos links abaixo:

"A Libélula dos Seus Oito Anos", de Martin Page
A protagonista deste livro é Fio Régale. Ela é uma jovem na casa dos 20 anos que mora sozinha em um apartamento praticamente sem mobília e passa a maior parte do tempo curtindo sua solidão. Os trechos iniciais do livro mostram Fio lidando com o vazio de um domingo tedioso, quando a única coisa que ela tem para fazer é ir ao mercado no fim da rua. Um dia, Charlie aparece em seu apartamento (nem ela e nem o leitor sabem quem é Charlie) e a leva para uma festa, onde conhece muita gente rica e famosa que Fio irá explorar vendendo arte falsa.
No começo, a leitura me empolgou. Fio é uma personagem interessante, bastante silenciosa e introvertia, com características incomuns. O clima de mistério que mencionei anteriormente também serviu para me deixar entretida. Porém, da metade para o fim do livro, acredito que Page tenha se perdido: a estória ficou chata, as personagens são maçantes, não acontece nenhum conflito e nenhum aprofundamento. O final - trágico, por sinal - recobrou minha atenção, mas não o suficiente para que eu gostasse da leitura.
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"A Menina que Tinha Dons", de M. R. Carey
A premissa da estória é que, há vinte anos atrás, toda a Humanidade foi infectada por um fungo que fez com que os seres humanos se tornassem canibais e exterminassem a própria espécie. Estes seres humanos infectados passaram a ser chamados de famintos. Algumas poucas pessoas não foram infectadas e elas se juntaram para morar na base militar de Beacon, Inglaterra, onde uma redoma de vidro os protege dos famintos e permite que eles tenham uma vida minimamente normal.
Algumas dessas crianças famintas passam por experimentos científicos na base militar e a protagonista da história é uma delas, Melanie. Porém, Melanie não sabe de nada (e nesse ponto do livro, nem o leitor) e a gente acompanha a saga dela descobrindo o que está acontecendo no mundo.
Porém, a falta de aprofundamento das personagens e o excesso de cenas de ação foram me distanciando da obra, conforme a leitura progredia e, no final dela, meu interesse pela história estava consideravelmente menor. M. R. Carey não desenvolve muito os personagens nem suas intenções e motivações, o que transforma o livro em algo meio raso.
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"Sangue Inocente", de James Rollins
"Sangue Inocente" é o segundo volume da trilogia "Ordem dos Sanguíneos", mas isso não impede que o leitor entenda o enredo, pois James Rollins retoma, em momentos oportunos, o passado das personagens e os principais eventos. O volume anterior, "Evangelho de Sangue", foi publicado entre dois contos.
Assim, ao longo da leitura, somos apresentados aos protagonistas e aos seus backgrounds. Depois que um terremoto matou dezenas de pessoas em uma escavação arqueológica em Masada (Israel), Erin Grander (a arquéologa-chefe) descobre o Evangelho Sagrado que, supostamente, foi escrito por Cristo.
Contudo, além disso, Erin e seus colegas descobrem que existem vampiros envolvidos no Vaticano e no Cristianismo, influenciando a história por milênios.
Não gostei desse livro principalmente porque os diálogos e o desenvolvimento da trama são muito clichê, num nível que quase dá para adivinhar o que um personagem vai responder ou o que vai acontecer depois. 
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"Quem Teme a Morte", de Nnedi Okorafor
Publicado em 2010, é o primeiro romance adulto de Nnedi, que até então só tinha escrito para o público infantojuvenil. Na teoria, o livro se passa numa África pós-apocalíptica, onde um povo chamado Nuru escraviza os Okeke. Os Nuru são pessoas de pele clara enquanto os Okeke são pessoas de pele escura.
A protagonista é Onyesonwu, que significa "quem teme a morte" em igbo. Sua mãe, uma sacerdotisa Okeke, foi estuprada por um conquistador Nuru, dando origem a Onye, que é considerada uma Ewu, ou seja, a mistura entre Okeke e Nuru. Os Ewus são considerados seres malignos, pois são nascidos do ódio e da violência e, por isso, amaldiçoados e abandonados por todos seus amigos e familiares. A mãe de Onye é banida da aldeia porque é considerada culpada pelo seu próprio estupro e, assim, mãe e filha passam mais de seis anos no deserto, até chegarem a uma aldeia. Lá, a mãe de Onye consegue reconstruir sua vida e casa com Fadil, um gentil ferreiro.
No entanto, ao longo da leitura, não consegui perceber nenhum elemento pós-apocalíptico ou distópico na narrativa, o que me frustrou consideravelmente. Nnedi inseriu apenas rápidas menções a computadores e celulares, que constrataram com o cenário rústico de deserto com suas tendas e costumes tradicionais. A princípio, achei que eu tinha entendido errado em qual tempo a história se passava, pois fiquei confusa se era no passado ou no presente, mas em nenhum momento consegui apreender que se tratava de um futuro pós-apocalíptico. Por causa disso, eu quase desisti da leitura, mas persisti.
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"Crianças do Éden", de Joey Graceffa
Fora do Éden, a Terra está envenenada e morta. Todos os animais e a maioria das plantas foram destruídos por uma catástrofe causada pelo homem. Há muito tempo, o brilhante cientista Aaron Al-Baz salvou uma parcela da civilização ao projetar o EcoPanopticon, um enorme programa de computador que sequestrou toda a tecnologia global e a utilizou para preservar os últimos vestígios da humanidade. Os humanos esperarão milhares de anos no Éden até que o EcoPan cure o mundo. No momento da história, já se passaram 200 anos.
Em "Crianças do Éden" a protagonista é Rowan, a segunda filha em um mundo onde ter mais de um filho é ilegal. Rowan vive por dezesseis anos escondida dentro de casa, pois sua existência é um crime passível de morte para ela e prisão perpétua para seus pais. Ela vê e conhece o mundo lá fora através de seu irmão. Agora, inquieta e desesperada para ver o mundo, ela foge imprudentemente pelo que jura que será apenas uma noite de aventura, e se aproxima de Lark, a melhor amiga de seu irmão, por quem se apaixona.
Infelizmente, me deparei com todos os clichês que esperamos de uma literatura YA e que perpetua um certo pré-conceito que ronda este gênero. Quando digo isso, não falo apenas dos componentes desta distopia (romances, rebeldia, impulsividade, a protagonista sonsa é um "floco de neve" especial que não convence) mas também a própria estrutura do enredo.
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E você, qual livro você não recomenda de jeito nenhum? Deixe aí nos comentários que vou adorar saber.

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