Top 5 | Cinco livros que eu não gostei


Quando alguém me pergunta quais livros recomendo a leitura, tenho mais dificuldade de lembrar do que quando alguém me pergunta quais livros não gostei. Outro dia, em uma discussão em um grupo do Facebook, percebi que nunca tinha feito um Top 5 com este tema, portanto, aqui vão algumas obras que não indico você perder seu tempo com elas.


Mar Despedaçado, Vol 1: Meio-Rei, de Joe Abercrombie

"Meio-Rei" é o primeiro volume da trilogia Mar Despedaçado. Esta série conta a jornada de Yarvis, um jovem príncipe de Gettland. A grande particularidade do protagonista é que ele não tem uma das mãos e carrega o fardo físico e psicológico de ser aleijado. Quando seu pai e seu irmão mais velho morrem, Yarvis se vê na sucessão ao Trono Negro. Porém, ninguém, nem mesmo ele, confia que ele será um bom rei, pois ele é aleijado e não pode comandar exércitos e batalhas. Enquanto ele está no processo de ser coroado e começar a governar, seu tio tenta matá-lo para ficar com o trono. Yarvis é jogado de um precipício mas não morre, sendo comprado como escravo de um navio pirata. No navio, aos poucos ele faz amigos e conquista a confiança na capitã megera e bêbada e retorna à sua terra natal para vingar-se do tio.
Não gostei porque: o protagonista não evolui ao longo da obra. Yarvis começa a estória subestimando sua capacidade, por ser aleijado, e termina a estória do mesmo jeito, sem considerar as conquistas que fez ao longo da trama. Além disso, o enredo é fraco e cheio de clichês e senti falta de criatividade, aprofundamento e surpresas. Para ler a resenha completa, clique aqui.


A Corte do Ar, de Stephen Hunt

"A Corte do Ar" é o primeiro dos seis volumes que compõem a série "Jackelian", de Stephen Hunt. As estórias se passam em um mundo imaginário vitoriano, cuja tecnologia e economia são baseadas no vapor. Neste primeiro livro, o enredo gira em torno de duas crianças: Molly Templar e Oliver Brooks. Ambos estão fugindo de pessoas que tentam matá-los e ninguém sabe o motivo desta ameaça contra a vida deles. Molly, orfã, suspeita que há algo relacionado com seu verdadeiro pai, que ela não sabe quem é mas suspeita que seja alguém importante do Governo. Oliver, por sua vez, é protegido por um membro de moral duvidosa da Corte do Ar, enquanto foge pelo mundo.
Não gostei porque: a trama é arrastada e lenta e a forma como Hunt escreve me deixou profundamente entediada. Ele não se preocupa em explicar ao leitor como funciona o universo criado para este livro, o que torna alguns trechos ininteligíveis. E, para completar, os diálogos são sofríveis, caricaturados e sem relevância para o desenvolvimento da trama. Para ler a resenha completa, clique aqui.


A Máquina Diferencial, de William Gibson e Bruce Sterling

Em uma Londres vitoriana steampunk, Charles Babbage construiu a Máquina Diferencial, uma supermáquina capaz de fazer cálculos avançadíssimos e, com eles, manter a Inglaterra na supremacia do mundo. Quando Babbage percebe que já conseguiu se estabelecer na aristocracria por causa da importância da sua invenção, ele decide elevá-la a um novo patamar, criando uma camada de Análise nesta Máquina, que permitirá que muitas decisões de Estado sejam feitas de forma automática e mecânica, sem passar pelo crivo dos homens.
A estória segue o curso das ações de três personagens: Sybil Gerard, cortesã e filha de um líder revolucionário; Edward Mallory, paleontólogo e explorador; e Laurence Oliphant, espião inglês a serviço do governo britânico.
Não gostei porque: ao juntar as partes escritas por Gibson e por Sterling, achei que o enredo não ficou homogêneo. Desta forma, o livro não possui um ritmo narrativo atraente, ora sendo muito arrastado e cansativo, ora sendo rebuscado e floreado demais. As personagens principais também não me cativaram, pois acho que elas não foram desenvolvidas com capricho. Para ler a resenha completa, clique aqui.


The 100 (Os Escolhidos), de Kass Morgan

A estória é narrada em terceira pessoa e os capítulos se alternam entre os pontos-de-vista das personagens centrais da trama: Clarke, Wells, Bellamy e Glass. Eles são quatro dos cem escolhidos para retornar à Terra e checar se ela pode ser habitada novamente. Estes escolhidos são, na verdade, presidiários da Nave, senteciados à morte por crimes cometidos antes dos 18 anos. Eles poderiam receber um perdão quando completassem a maioridade, mas o Governo precisava de seres humanos para testar a atmosfera da Terra e, uma vez que eles são considerados o lixo de sua sociedade, estes cem presidiários são colocados numa nave e forçados em direção àTerra.
Há quatro personagens principais: Clarke, Wells, Glass e Bellamy. Os capítulos se alternam contando pedaços da estória de cada um. Todos eles se aproveitam da missão à Terra para reparar danos em relacionamentos do passado.
Não gostei porque: No fundo, este é um livro de amor, e não de ficção-científica e, por isso, me decepcionei. Digo que é uma estória de amor pois é este sentimento que move todas as personagens. Desta forma, achei um livro meloso, que pecou por não aproveitar seu enorme potencial de aventuras, fantasia e scifi, desperdiçando uma excelente premissa. Para ler a resenha completa, clique aqui.


Série Outlander, vol. 1: A Viajante no Tempo, de Diana Gabaldon

Claire Randall é uma enfermeira e está de férias na Escócia com o marido, logo após a Segunda Guerra Mundial. O marido acaba de retornar do combate, enquanto ela mesma participou da guerra cuidando dos enfermos e feridos, e ambos estão separados há cerca de sete anos. Para se reconectarem depois de tanta ausência, eles viajam em uma segunda lua-de-mel para Inverness. Em um passeio matinal na região, ela retorna a um ponto onde, na noite anterior, presenciara um ritual pagão organizado pelas mulheres da aldeia. Então, Claire entra em um Portal no centro de um círculo de pedras e vai parar no século 17, no exato período que seu marido estudava sua árvore genealógica. Quando chega do outro lado do Portal, ela é dominada por clãs guerreiros, é seqüestrada, violentada e arrasatada para viver em um reino. Neste meio tempo, ela descobre que seu sequestrador é ancestral de seu marido, Jack Randall.
Não gostei porque: Li este livro com grandes expectativas, pois achei que ele teria mais elementos fantásticos, em virtude da viagem no tempo. No entanto, ao longo do enredo, a narrativa acaba sendo mais concentrada no romance de Claire e Jamie. Achei que a escritora se estendia demais na descrição das cenas entre os dois e tais cenas, muitas vezes, eram irrelevantes para a estória como um todo. Para ler a resenha completa, clique aqui.

E você, quais seriam os livros que você não recomenda? Deixa aí nos comentários!

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