Top 5 | Cinco mangás e animes das antigas



O post de hoje foi escrito pela minha gêmea Deborah Mundin, entendendora de assuntos aleatórios e uma das minhas pessoas preferidas neste mundo. Como eu não entendo de animes e mangás, recentemente, ela me deu uma pequena aula sobre o tema,  e nada mais justo do que este TOP 5 ser todo dela.

Um pouco sobre ela: Cinéfila, otaku old school, adora séries, livros e HQs, nerd de nascimento e criação, adora dias laranjas e em momento de inspiração plena escreve textos no blog http://constantinconstante.blogspot.com/


Olá! 
Aproveitando a ressaca da Anime Friends, os recentes 20 anos de Sailor Moon e as notícias de que Sakura Card Captors terá uma nova série, venho apresenta-los o TOP 5 dos mangás/animes antigos essenciais. Mas, antes da lista, gostaria de introduzi-los ao fantástico mundo dos personagens de olhos grandes e cabelos coloridos esdrúxulos. 
O termo mangá é designado quando se trata da história em quadrinhos japonesa e animes para as séries animadas. Dentro desse universo, há separação por demografia, que englobam crianças e adultos: 
Kodomo: destinado a crianças pequenas. | Shonen: destinado a garotos adolescentes. | Shoujo: destinado a garotas adolescentes. | Seinen: destinado a homens jovens e adultos. | Josei: destinado a mulheres jovens e adultas.
E dentro disso há os gêneros: terror, romance, comédia, ação, sci-fi e etc, como nos filmes e livros. 
Então, vamos aos Top 5 daqueles antigos que, na minha opinião, merecem ser vistos e revistos:

Guerreiras Mágicas de Rayearth

Escrito por: CLAMP
Demografia: Shoujo
Gênero: Ação, Mecha (robôs gigantes), Majokko (meninas mágicas)
Publicação: 1ª fase - 1993 à 1995; 2ª fase – 1995 à 1996
Tem no BR: Sim. Pela JBC
Tem anime: Sim
Passou por aqui: No SBT, de 1996 à 1999

Sinopse: Durante uma excursão escolar para a torre de Tóquio, Hikaru (Lucy), Fuu (Anne) e Umi (Marine) são enviadas/sugadas/convocadas para um mundo mágico, chamado Cefiro, onde tudo é controlado pela força do coração. Esse mundo era mantido em perfeita ordem pela dedicação da Princesa Emeraude, que está em poder do sumo sacerdote Zagato, e a missão dessas garotas é salvar Cefiro que sofre com a ausência da Princesa.
Por que merece ser visto: Arrisco em dizer que 90% do que o CLAMP produz não fica só no enredo principal. Há questionamentos, alguns até bem filosóficos e profundos, utilizando-se de um plano de fundo simples. Guerreiras Mágicas não é diferente.  

Neon Genesis Evangelion

Escrito por: Yoshiyuki Sadamoto
Demografia: Shonen/Seinen
Gênero: Mecha pós apocalíptico
Publicação: de 1994 a 2013
Tem no BR: Sim. Pela JBC
Tem anime: Sim
Passou por aqui: Sim, em 2003 pelo canal Animax, mas é encontrado facilmente na internet. 

Sinopse: A história se passa após a terra sofrer o chamado "Segundo Impacto". Este ocorreu quando cientistas estavam testando maneiras de utilizar um remanescente do Primeiro Impacto, que aconteceu no surgimento da Terra, para dar um “restart controlado” na vida terrena. Esse teste despertou momentaneamente uma entidade, Adão, dando uma amostra do que seria este reinicio. O Segundo Impacto destruiu metade do planeta, mudou o eixo da Terra (acabando com as estações do ano) e gerou guerras pela sobrevivência. Após um tratado, o mundo entra numa espécie de paz e é criada uma organização paramilitar chamada de NERV, para combater seres, chamados de Anjos. Para combatê-los, a NERV criou os EVAs, robôs que são controlados por adolescentes que nasceram no ano do Segundo Impacto. Estes adolescentes são únicos e compatíveis com seus EVAS, numa ligação psíquica, e lutam contra os Anjos para evitar o Terceiro Impacto, que levaria a destruição total da humanidade. 
Por que merece ser visto: Os personagens são complexos, a trama é complexa e cada um destes adolescentes tem uma vida virada do avesso, com traumas e problemas familiares. As discussões do mangá giram em torno do sentimento de abandono e a carga e responsabilidade que é jogada nas costas desses adolescentes, ao mesmo tempo que eles têm imaturidades e transformações dignas dessa fase. Um dos animes mais aclamados até hoje.

Rurouni Kenshin

Escrito por: Nobuhiro Watsuki
Demografia: Shonen
Gênero: Chanbara (Samurai)
Publicação: 1994 à 1999
Tem no BR: Sim. Pela JBC
Tem anime: Sim
Passou por aqui: Globo, de 1999 a 2000 e pela Cartoon Network de 2001 a 2002
*Por questões de classificação no Brasil e EUA, episódios do anime foram cortados ou vetados por completo.

Sinopse: Ambientado na Era Meiji, Kenshin Hiruma é um samurai andarilho que vagou durante 10 anos pelo Japão, até encontrar abrigo no Dojo Kamiya, onde a jovem Kaoru Kamiya lecionava kendo. Sua caminhada focava em uma expiação pelas inúmeras mortes que causou quando era um hitokiri (assassino retalhador) a serviço da Ishin Shishi (monarquistas que desejavam a restauração do governo para as mãos do imperador). Nessa época, Kenshin ficou conhecido como "Hitokiri Battousai" (Battousai, o retalhador) por sua grande habilidade com o a espada. Mesmo com a vitória dos monarquistas, que culminou com a origem da Era Meiji, Kenshin decide nunca mais matar, manipulando agora uma espada com o gume invertido.
Por que merece ser visto: Rurouni Kenshin poderia passar facilmente apenas como um mangá/anime de Samurais se não fosse baseado em fatos e personagens históricos. Há muito da história do Japão dentro do anime. Obviamente não é um relato fiel, porém, toda a ambientação histórica, como a entrada dos americanos, a industrialização do Japão e o choque da cultura ocidental com a oriental estão ali, tornando esse mangá uma divertida aula de história.

  X/1999

Escrito por: CLAMP
Demografia: Shonen
Gênero: Drama, Ação, Shounen-ai (relações românticas leves ou insinuadas entre homens)
Publicação: 1992 e está paralisado, sem final.
Tem no BR: Sim. Pela JBC
Tem anime: Sim
Passou por aqui: Não. Animação de 2001 a 2002, é encontrado na internet.

Sinopse: Em 1999, o destino da humanidade está nas mãos de um único jovem: Kamui. Ele é o predestinado que, no dia prometido, terá que decidir entre destruir a humanidade e, assim, salvar a Terra, ou defender a humanidade, o que consequentemente irá destruí-la. O apocalipse começa, em parte, graça às agressões humanas à Gaia, a Consciência do planeta.
Por que merece ser visto: Como já disse em Guerreiras Mágicas, se é CLAMP, é bom. A história do apocalipse é usada como pano de fundo para desenvolver os dramas de cada personagem com grande maestria. E, de forma quase imparcial, nos é apresentado os argumentos de cada lado, de forma que não há um lado certo ou errado. Tristemente, o mangá ainda não terminou, mas há um final na série de TV.  

Shoujo Kakumei Utena (Revolutionary Girl Utena)

Escrito por: grupo Be Papas e desenhado pela mangaká Chiho Saito.
Demografia: Shoujo
Gênero: Drama, Romance, Fantasia e Shoujo-ai (relações românticas leves ou insinuadas entre mulheres)
Publicação: 1996 à 1997
Tem no BR: Sim. Pela JBC
Tem anime: Sim
Passou por aqui: Não. Animação de 1997.


Sinopse: Utena Tenjou é uma garota rebelde. Órfã de pai e mãe, ela foi salva em um acidente, ainda criança, por um príncipe. Ele lhe deu um anel com o emblema de uma rosa e disse que, se ela se mantivesse nobre de coração, o encontraria novamente no futuro. Quando adolescente, ela veste um uniforme masculino estilizado e se comporta de forma corajosa e galante, até que um certo dia recebe uma série de cartões que formam um quebra-cabeça a indicar que seu príncipe está na Academia Ohtori – um famosíssimo colégio particular – e ela decide se transferir para lá a fim de encontra-lo. Chegando lá, ela se relaciona com personagens muito excêntricos, incluindo Anthy, menina que esconde muita coisa por trás do seu sorriso, que é perseguida por todos e chamada de “A Noiva da Rosa”. Decidida, através de sua postura tomboy, a ser sua própria heroína acaba por desafiar um rapaz extremamente orgulhoso e violento, Sayonji, para um duelo de esgrima. Entretanto, o que parecia ser um simples duelo de esgrima, se transforma em mais uma revelação para Utena, que só pôde duelar com ele por ter o anel, o “Selo da Rosa”. Utena, a princípio, não entende muito bem o que aquilo significa, e ao vencê-lo ela recebe o prêmio, que é Anthy.
Anthy é a “noiva da rosa” e, portanto, quem tiver o Selo da Rosa e derrotar o atual campeão em um duelo, leva a garota de presente.
Conforme mais personagens vão aparecendo e a história vai se revelando, tomamos conhecimento da complexidade das relações e que muitos ali não são o que parecem ser, sendo manipuladores e calculistas.
Por que merece ser visto: Qualquer coisa em que a premissa seja “Não seja a princesa a ser salva, e sim, o príncipe”, para mim, já merece atenção. Utena veio numa época em que as referências para as garotas eram Barbies e princesas, nem a Mulan ainda existia, e por isso escrever um shoujo que trata de assuntos como empoderamento, relacionamentos abusivos e homossexualidade era, e ainda é, no mínimo corajoso e importantíssimo, tornando Utena tão marcante.  

Essa foi uma pequena lista, podendo ser até injusta, frente à grande quantidade de histórias. Não citei os clássicos “Cavaleiros do Zodíacos”, “Sailor Moon”, “Card Captors Sakura” e “Yu yu Hakusho” porque preferi focar em histórias menos conhecidas, mas esses também merecem, e muito, serem assistidos.  

1 Comments

  1. Infelizmente não sou muito entendedora desse assunto. Já fui bem viciada na cultura japonesa quando adolescente e lia com muita regularidade mangás, mas hoje me distanciei muito. Animes só vi um, que era sobre uma garotinha fantasma (era fofinho e eu chorei no final hahaha). Da lista não conheço nem um, porque sofro de algo que minhas colegas de trabalho chamam de: você não é dessa época hahaha. Acho que quem conhece mais sobre o tema deve conhecê-los, né?
    Bem-vinda ao Perplexidade :)

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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